Imagine mergulhar nas profundezas do oceano e descobrir que a própria estrutura da Terra está se transformando. Um recente estudo revela que, na região de Cascadia, no Pacífico Norte, uma placa tectônica está se rompendo ativamente, um evento que pode estar em curso há cerca de quatro milhões de anos.
Esse processo representa o fim de uma zona de subducção, onde uma placa mergulha sob outra, alimentando a atividade vulcânica e a ocorrência de terremotos. No caso de Cascadia, as placas Juan de Fuca e Explorer estão se fragmentando sob a placa norte-americana.

As zonas de subducção são regiões profundas da Terra, onde as placas oceânicas se empurram para o interior do planeta. Com o tempo, essas áreas podem enfraquecer, levando à sua ruptura. Segundo Brandon Shuck, geólogo da Universidade Estadual da Louisiana e autor principal do estudo, esta é a primeira imagem clara de uma zona de subducção em processo de extinção. As descobertas foram publicadas na revista Science Advances.

Para chegar a essa surpreendente conclusão, os pesquisadores utilizaram ondas sonoras enviadas do navio Marcus G. Langseth, que retornaram a um cabo de escuta de 15 quilômetros de comprimento, revelando uma complexa estrutura sob o fundo do mar. A análise das imagens mostrou falhas e deslocamentos nas placas de Cascadia, sugerindo que o rompimento pode ter começado há milhões de anos.
O estudo destacou que esse evento não é isolado; a ruptura ocorre na junção de três placas tectônicas, uma chamada “junção tripla”. A microplaca Explorer, parte da antiga placa oceânica de Farallon, está se desprendendo da litosfera adjacente. Essa transição pode transformar a atual zona de subducção em uma falha transformante, talvez semelhante ao que se observa na Califórnia.

Além de alterar a geologia da região, essa ruptura pode propiciar a ascensão de magma quente, explicando a formação de novos vulcões no oeste do Canadá. Afinal, as mudanças geológicas que ocorrem nas profundezas da Terra não apenas moldam nosso planeta, mas também impactam diretamente a vida que dele depende.

Estes achados cativantes não apenas ampliam nosso entendimento sobre as placas tectônicas, mas também sublinham a importância de acompanhar as mudanças geológicas que moldam nosso planeta. O que você pensa sobre essa descoberta? Compartilhe suas ideias e insights nos comentários!