Em julho, a inflação anual nos Estados Unidos se manteve em 2,7%, consolidando-se no mesmo patamar de junho, conforme indicado pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS). No entanto, quando observamos a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, registrou-se um aumento de 3,1%, comparado a 2,9% no mês anterior. Essa tendência pode ser um reflexo das políticas tarifárias implementadas pelo governo do presidente Donald Trump.
A análise mensal revela um crescimento de 0,2% na inflação geral, com a inflação subjacente subindo 0,3%. Esses números estão sob o olhar atento do Federal Reserve, que permanece cauteloso sobre a possibilidade de redução nas taxas de juros, mesmo diante das pressões do governo. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) se reunirá nos dias 16 e 17 de setembro para deliberar sobre as taxas, que permanecem na faixa de 4,25% a 4,5%, desde o corte em dezembro de 2024.
Além disso, o aumento de 0,2% no índice de moradia foi um dos principais fatores nas altas mensais atuais. Em contraste, os preços dos alimentos permaneceram estáveis após um aumento de 0,3% nos dois meses anteriores. Embora algumas categorias, como laticínios, tenham visto um aumento de 0,7%, os preços das carnes, aves, peixes e ovos subiram apenas 0,2%, com uma notável queda de 3,9% no preço de ovos.
Surpreendentemente, o índice de energia registrou uma queda de 1,1%, impulsionada pela redução de 2,2% nos preços da gasolina. No acumulado anual, os preços de energia diminuíram 1,6%, enquanto os alimentos apresentaram um aumento de 2,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
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