16 julho, 2025
quarta-feira, 16 julho, 2025

Inflação desacelera em junho, mas acumula alta de 5,35% em 12 meses e ultrapassa teto da meta

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Em junho, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma leve alta de 0,24%, um resultado que, embora abaixo dos 0,26% de maio, ainda acumula 5,35% em doze meses. Esses dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um cenário desafiador para a economia nacional.

O IPCA está agora acima do teto da meta fixa de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem aceitável de até 4,5%. Desde janeiro, uma nova regra determina que o descumprimento da meta se considera quando a inflação se mantém fora desse intervalo por seis meses consecutivos, uma situação que se confirma pelo desempenho desde janeiro até junho.

Diante desse contexto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, prepara uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, onde explicará as razões para o descumprimento da meta e as ações necessárias para controlar a inflação. Um dos principais responsáveis pela alta em junho foi a conta de energia elétrica, que teve um aumento de 2,96%, impactando o índice em 0,12 ponto percentual. Essa elevação se deve à implementaçao da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, além de reajustes em diversas regiões.

No acumulado do semestre, a energia elétrica subiu 6,93%, destacando-se como a maior contribuição para a inflação nesse período. O gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, nota que o setor de energia passou por variações significativas ao longo do primeiro semestre, com oscilações que incluíram queda em janeiro devido ao bônus da usina de Itaipu e retornos em meses subsequentes.

Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,18% em junho, marcando o primeiro recuo nos últimos nove meses. Essa retração, que contribuiu com -0,04 ponto percentual no IPCA, foi impulsionada pela redução dos preços de produtos como ovos de galinha, arroz e frutas. Apesar dessa ligeira queda, o grupo ainda representa a maior alta percentual no IPCA dos últimos 12 meses, exercendo forte influência sobre a inflação geral.

O que você pensa sobre esse cenário econômico? Deixe seu comentário e compartilhe suas perspectivas sobre como a inflação pode afetar o seu dia a dia!

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