Em outubro, a prévia da inflação oficial conseguiu subir apenas 0,18%, mesmo enfrentando a pressão dos preços dos combustíveis. Essa leve alta foi contrabalançada pela queda contínua nos preços dos alimentos, que recuaram pelo quinto mês consecutivo. Assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou em comparação com setembro, onde registrou 0,48%. Nos últimos doze meses, o índice alcançou 4,94%, um alívio em relação aos 5,32% do período anterior.
Embora os preços ainda se mantenham acima da meta do governo de 3%, o cenário atual apresenta uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo que a inflação alcance até 4,5%. No Boletim Focus do Banco Central, as instituições financeiras estimam que a inflação termine este ano em 4,7%.
Na análise dos grupos de produtos e serviços, cinco mostraram alta entre setembro e outubro: vestuário (0,45%), despesas pessoais (0,42%), transportes (0,41%), saúde e cuidados pessoais (0,24%) e habitação (0,16%). Por outro lado, itens como artigos de residência e comunicação apresentaram queda, destacando uma maior diversidade nas flutuações dos preços.
O grupo de transportes exerceu a maior pressão, contribuindo com 0,08 ponto percentual ao índice, impulsionado por aumentos nos combustíveis (1,16%) e nas passagens aéreas (4,39%). A gasolina, responsável por uma significativa fatia na pesquisa, subiu 0,99%, enquanto o etanol teve um ajuste de 3,09% para cima.
No entanto, os alimentos e bebidas receberam um alívio, com uma redução de 0,10% na alimentação no domicílio. Produtos como a cebola (-7,65%), ovos (-3,01%) e arroz (-1,37%) foram os principais responsáveis por essa queda, oferecendo um respiro em um momento de inflação elevada.
Outro fator que influenciou a desaceleração na habitação foi a conta de luz, que caiu 1,09%. A mudança na bandeira tarifária, que passou do patamar 2 para 1, resultou em uma cobrança extra reduzida e foi a maior responsável pela pressão negativa no índice, contribuindo com uma diminuição de 0,05 ponto percentual.
O IPCA-15 utiliza uma metodologia similar ao IPCA, a inflação oficial do país, mas sua coleta de dados ocorre antes do término do mês de referência. Enquanto o IPCA-15 considera 11 regiões do Brasil, o IPCA abrange 16. O resultado completo do IPCA de outubro será divulgado em 11 de novembro.
Com as mudanças nos preços e suas influências diretas no dia a dia da população, como você está lidando com essas variações? Compartilhe suas experiências e reflexões nos comentários!