Um grupo, já conhecido por práticas ilegais de mineração de ouro em Santaluz, na região sisaleira da Bahia, voltou a ser alvo da ação da Polícia Federal (PF). Nesta terça-feira (1º), a Operação Despesca 2 foi deflagrada, cumprindo seis mandados de busca e apreensão em imóveis, residências e empresas vinculadas aos suspeitos.
Na fazenda localizada em Serra Branca, os investigados estabeleceram uma nova planta para extração de ouro a partir de rejeitos de minério resultantes de garimpos ilegais. Essa prática conturbada utiliza o processo de lixiviação, que implica o uso de substâncias químicas para isolar o metal do material restante, apresentando sérios riscos ambientais e à saúde.
As investigações revelam que os envolvidos tentavam encobrir suas atividades ilícitas ao transferir as chamadas piscinas de cianetação para diferentes locais, dificultando assim a fiscalização por parte das autoridades ambientais. Essa estratégia demonstra a audácia do grupo, que insiste em perpetrar crimes em busca de lucro a qualquer custo.
A manipulação do cianeto de potássio ou cianeto de sódio, substâncias controladas e altamente nocivas, coloca em risco não apenas o meio ambiente, mas também a saúde das comunidades ao entorno. Os investigados poderão enfrentar sérias consequências legais, incluindo charges por usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de artefato explosivo, extração ilegal de recursos minerais, entre outros crimes.
A Operação Despesca 2 é um desdobramento da Operação Insistência, iniciada em 19 de dezembro de 2023, e envolve cerca de 30 policiais federais dedicados ao combate a essas atividades ilegais.
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