20 outubro, 2025
segunda-feira, 20 outubro, 2025

INSS: buraco em agenda oculta reuniões de ex-presidente no auge da farra

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Na complexa teia de ocorrências envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), um ponto sombrio se destaca: a gestão de Alessandro Stefanutto. Entre março de 2024 e maio de 2025, registros de sua agenda revelam lacunas significativas que coincidem com o auge dos descontos indevidos em aposentadorias, uma situação escandalosa que veio à tona através de investigações do Metrópoles.

Stefanutto comandou o INSS de julho de 2023 até abril de 2024, quando sua demissão foi impulsionada pela Operação Sem Desconto, uma ação da Polícia Federal que expôs um esquema responsável por R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos. O paralelismo entre a ausência de informações da agenda do ex-presidente e o aumento alarmante nos descontos—R$ 2,6 bilhões em 2024—levanta perguntas inquietantes sobre sua administração.

Naquele ano, enquanto os descontos indevidos se intensificavam, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) buscou uma reunião com Stefanutto e a Ambec, uma das instituições atualmente sob investigação. A falta de detalhes sobre essa reunião, incluindo quem representou a entidade, é uma falha gritante que agrava a situação. As informações vieram à luz graças à análise cuidadosa dos e-mails de Stefanutto, que, curiosamente, não continham dados sobre esses encontros.

A Ambec, já citada em reportagens do Metrópoles, acumulou R$ 453 milhões através de descontos irregulares, e Figueiredo, embora alegando desconhecer fraudes, faz parte do mesmo partido do então ministro da Previdência, Carlos Lupi. A ausência de resposta clara sobre a agenda de Stefanutto é exacerbada pela afirmação do INSS de que os dados públicos disponíveis abrangem apenas os últimos 400 dias, um fato que não se justifica, já que outros ministros têm agendas visíveis desde 2023.

Durante seu recente depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Stefanutto admitiu a possibilidade de concessões fraudulentas, mas negou enfaticamente qualquer conexão pessoal com o esquema. No entanto, anotações intrigantes encontradas na casa do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes—com nomes e porcentagens que sugerem propinas—suscitam sérias dúvidas sobre a veracidade de suas alegações de inocência.

O escândalo do INSS, exposto em uma série de reportagens do Metrópoles iniciadas em dezembro de 2023, revelou um crescimento alarmante na arrecadação das entidades com os descontos indevidos, totalizando R$ 2 bilhões em um ano. A investigação subsequente pela PF, baseada nestas reportagens, culminou na demissão de Stefanutto e de Lupi, acentuando não apenas os problemas administrativos, mas uma crise de confiança no sistema previdenciário.

Os números não mentem: desde 2016, os descontos indevidos aumentaram exponencialmente, com uma escalada vertiginosa em 2024, somando R$ 2,6 bilhões. É um relato sombrio que clama por responsabilização e transparência. A cada investigação, a esperança se renova para que os responsáveis por estas fraudes sejam levados à justiça. Sua opinião é fundamental: o que você pensa sobre a situação do INSS e as medidas que devem ser tomadas? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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