23 outubro, 2025
quinta-feira, 23 outubro, 2025

Intenção de consumo das famílias cai pelo terceiro mês seguido, aponta CNC

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Carrinho de supermercdos perto de gôndola de frutas

Em outubro, a vontade dos brasileiros de consumir deu um passo para trás, conforme revelam os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que já havia mostrado sinais de alerta, recuou 0,5% em relação a setembro, atingindo 101,0 pontos. Este é o nível mais baixo desde o início do ano, embora o índice ainda esteja na zona de otimismo.

O cenário não é animador: já são três meses consecutivos de declínio, representando uma queda de 1,9% se comparado a outubro do ano passado. Essa retração na confiança do consumidor está fortemente atrelada à elevada taxa básica de juros (Selic) e à crescente incerteza no mercado de trabalho.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, destaca que, apesar dos índices de desemprego baixos, as famílias se sentem inseguras quanto aos meses que estão por vir. Essa insegurança as leva a limitar os gastos, tentando controlar as dívidas acumuladas. Em outubro, nenhum dos componentes do ICF registrou melhora, sendo que os maiores recuos ocorreram na avaliação do consumo atual e nas perspectivas profissionais, ambos com uma diminuição de 1,6%.

Além disso, houve pequenas quedas em outros aspectos, como no emprego atual (-0,6%) e na renda atual (-0,1%). O acesso ao crédito e a disposição para adquirir bens duráveis, no entanto, mantiveram-se estáveis. O levantamento também mostrou que essa retração afetou todas as faixas de renda, com famílias ganhando menos de 10 salários mínimos registrando um índice de 98,6 pontos, retornando à zona de insatisfação. Já as famílias de renda superior viram uma diminuição de 1,0%, para 112,9 pontos.

Esses resultados reafirmam o comportamento cauteloso das famílias. A necessidade de crédito para sustentar o consumo impulsiona o comércio imediato, mas a Selic alta pode aumentar a inadimplência, freando esse movimento. Em meio a esse panorama, como você vê o futuro das suas próprias finanças? Compartilhe sua visão nos comentários!

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