1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

“Intenção era matar”, diz mãe de estudante morto asfixiado na Bolívia

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Igor Rafael, 32 anos, estava estudando medicina na Bolívia

Em uma tragédia que choca o Brasil e deixa uma mãe em desespero, Neidimar Vieira enfrenta a dor insuportável da perda de seu filho, Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos. Igor, estudante de medicina, foi asfixiado por seguranças de uma escola na Bolívia, onde buscava ajuda em um momento de pânico.

Na última terça-feira, 26 de agosto, Igor, em um surto causado por problemas emocionais e uso de substâncias, entrou em uma papelaria em busca de socorro. Os seguranças da escola, chamados para conter a situação, reagiram com violência, resultando na morte do jovem.

“Meu filho teve um momento de desequilíbrio. Ele foi imobilizado e espancado, com o joelho pressionado em seu tórax, e só o soltaram quando ele já estava sem vida. O vídeo mostra claramente que a intenção era matá-lo”, desabafa Neidimar.

Infelizmente, a mãe soube do falecimento de Igor apenas dois dias depois, por meio da mídia. Mesmo estando devidamente vestido, com um iPhone e relógio, a polícia o considerou indigente e não tentou contatar a família. “A proprietária do apartamento onde ele morava confirmou que ele não era indigente, mas a polícia ignorou essa evidência”, afirma.

“Era o sonho dele se formar em medicina”

Igor, natural de Anápolis (GO) e morador da Bolívia há dez anos, estava prestes a concluir seu curso de medicina. “Sonhávamos que ele terminaria e voltaria ao Brasil. Agora, devemos lutar por justiça e por um enterro digno”, lamenta Neidimar, enquanto se prepara para trazer o corpo do filho de volta.

“Estou dilacerada e não sei se conseguiremos continuar. Mas por ele, faremos o que for preciso”, conclui a mãe.

A autópsia confirmou a causa da morte: asfixia mecânica por compressão torácica. A família ainda se questiona sobre a precisão do laudo, que apresenta informações factualmente erradas sobre Igor, reforçando a pressão por esclarecimentos.

Busca por apoio

O Consulado-Geral do Brasil na Bolívia informou que a pena dos seguranças foi a mínima e que, segundo a legislação local, eles estão em liberdade. “Estamos pleiteando um novo julgamento”, destaca Neidimar.

Para financiar o traslado do corpo, a professora criou uma vaquinha online, com o apoio do Sindicato dos Professores do DF. Até o momento, a arrecadação já ultrapassou R$ 28 mil, demonstrando a solidariedade da comunidade.

A dor de uma mãe que luta por justiça e pela memória de seu filho ressoa em cada esquina. O que mais podemos fazer para ajudar? Compartilhe suas reflexões e apoio abaixo.

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