Em um triste episódio que chocou o Distrito Federal, cinco vidas se apagaram em um incêndio devastador na clínica de reabilitação Instituto Terapêutico Liberte-se. As chamas, que se alastraram na madrugada de um domingo, revelaram a realidade clausurada de um lugar que deveria ser um refúgio para a recuperação, mas que operava nas sombras da ilegalidade e do descaso.
Após a tragédia, surgiram denúncias alarmantes à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. Relatos de internos confinados em quartos trancados e sem supervisão, e a falta de assistência profissional adequadamente estruturada chocaram a todos. Os internos eram submetidos a períodos de isolamento, trancados das 12h às 14h e das 22h às 7h, sem qualquer monitoramento.
Conforme as denúncias, atividades degradantes marcavam o cotidiano dos residentes da clínica. Eles eram forçados a realizar trabalho árduo e humilhante em chácaras ligadas à instituição, cuidando de animais e realizando tarefas pesadas sob a ameaça de punição. As condições de vida eram desumanas, com a alimentação sendo precária, baseada em sobras de supermercados.
As internações, frequentemente coercitivas, ilustravam uma dinâmica de abuso e poder, onde famílias eram pressionadas a deixar seus parentes lá, com relatos de cobranças exorbitantes para a liberação. Mais alarmante é a evidência de violência física e psicológica apontada em depoimentos, que incluíam amarrações e agressões por parte dos monitores.
A comissão, diante desse quadro aterrorizante, formalizou um ofício à Secretaria de Saúde e ao Ministério Público, clamando por intervenções imediatas. O incêndio revelou o que muitos tentaram esconder: a falta de um alvará para funcionamento, bem como a ausência de quaisquer licenças de segurança que garantissem a proteção dos internos.
A tragédia do incêndio não apenas tirou vidas, mas expôs a vulnerabilidade de um sistema que falha em proteger os mais necessitados. A clínica, com suas portas fechadas para a esperança, foi um palco de horror, e agora, justiça é o que clamamos.
Como você se sente sobre essas denúncias? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a aumentar a conscientização sobre essa questão tão séria!