3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

Irã faz funeral de cúpula nuclear e ministro exige “respeito” de Trump

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Funeral de Estado no Irã

No coração de Teerã, neste sábado (28/6), o Irã deu início ao funeral de Estado de aproximadamente 60 oficiais e cientistas nucleares que perderam a vida em ataques atribuídos a Israel, deflagrando uma guerra que começou em 13 de junho. A cerimônia se desenrola em meio a um frágil cessar-fogo entre Teerã e Tel Aviv, enquanto novas ameaças são proferidas pelo presidente Donald Trump, refletindo um cenário geopolítico tenso.

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, não hesitou em responder às recentes declarações de Trump, que afirmara ter “salvado” o aiatolá Ali Khamenei de uma morte trágica. Araghchi utilizou suas redes sociais para exigir um tratamento respeitoso: “Se Trump realmente deseja um acordo, deve abandonar seu tom desrespeitoso, que fere a dignidade não apenas do líder supremo, mas de milhões de iranianos fervorosos.”

As palavras do ministro ecoaram um sentimento de indignação nacional, enfatizando que o povo iraniano não se deixa abalar por ameaças e ofensas. “O regime israelense não tinha escolha a não ser buscar a proteção dos Estados Unidos para evitar sua aniquilação”, ressaltou, confrontando diretamente as acusações feitas por Trump.

Durante a cúpula da Otan em Haia, Trump afirmou com veemência que, caso houvesse indícios de que o Irã poderia enriquecer urânio suficiente para desenvolver armas nucleares, não hesitaria em considerar novos ataques aéreos. Em sua plataforma Truth Social, ele desferiu críticas severas a Teerã, respondendo ao aiatolá Khamenei, que havia afirmado, em tom desafiador, que os danos causados pelos bombardeios americanos foram exagerados.

A expectativa de um possível alívio nas sanções, uma das principais exigências do Irã, rapidamente evaporou com as declarações de Trump, que não poupou críticas ao líder iraniano pela ingratidão demonstrada após sua intervenção. “Achei que o estava protegendo de uma morte horrível”, escreveu, expressando descontentamento por não receber reconhecimento por suas ações.

A atmosfera na capital iraniana estava impregnada de dor e desejo de vingança durante as homenagens. O cortejo fúnebre, que percorreu as ruas de Teerã, foi acompanhado por uma multidão comovida, carregando bandeiras e retratos dos “mártires da guerra imposta pelo regime sionista”. Entre os caixões estava o general Mohammad Bagheri, uma figura central no exército e no programa de mísseis do país, refletindo a perda significante para a nação.

Com palavras que ressoavam nas ruas, manifestantes erguiam faixas exaltando retaliações contra Israel. “Boom, boom Tel Aviv”, proclamava uma delas, revelando a determinação do Irã diante das hostilidades. Desde o início da guerra, as consequências têm sido devastadoras, com um saldo trágico de vidas civis perdidas e feridos.

Com o cenário global em constante mudança, as tensões entre Irã e Estados Unidos permanecem relevantes. A comunidade internacional assiste, atenta, enquanto as ameaças e esperanças de paz navegam por entre os escombros das perdas. Compartilhe sua opinião: o que você acha que poderá acontecer nas próximas semanas? Deixe seu comentário!

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