3 novembro, 2025
segunda-feira, 3 novembro, 2025

Irã promete reconstruir bases nucleares atacadas pelos Estados Unidos

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Em um cenário de tensões geopolíticas, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, rompeu o silêncio e afirmou, em um pronunciamento ousado no último domingo, que o Irã está determinado a reconstruir suas instalações nucleares, que foram alvo de ataques por forças dos EUA e Israel em junho. Essa declaração evidencia a coragem de Teerã em desafiar as ameaças do presidente Donald Trump, que prometeu represálias severas caso o país iniciasse reparos em locais estratégicos, como Natanz e Isfahan.

O embate entre o Irã e o Ocidente não é recente; há mais de duas décadas, a sombra do programa nuclear persiste, especialmente após revelações sobre instalações secretas de enriquecimento. Durante uma visita à agência nuclear iraniana, Pezeshkian foi claro: “Não seremos impedidos de reconstruir os locais danificados. Destruir prédios e fábricas não nos deterá. Reconstruiremos com mais força”. Ele reafirmou a posição do governo, sublinhando que as intenções do Irã são puramente pacíficas, focadas em resolver questões de saúde e bem-estar da população.

A inquietação dos EUA e de Israel com o programa nuclear iraniano começou em 2003, quando instalações secretas foram descobertas, levando a um ciclo de sanções e negociações frustradas. Este ano, as tensões se intensificaram após o Irã enriquecer urânio a 83% em abril, nível considerado alarmante, embora aquém do necessário para armas nucleares. As ações do regime, incluindo a expulsão de inspetores da AIEA, resultaram em ameaças e um complexo cenário de conflitos.

Israel classifica o programa nuclear iraniano como uma questão de sobrevivência. Em junho, um confronto de 12 dias se seguiu, no qual bombardearam instalações nucleares iranianas, utilizando até bombardeiros B-2 dos EUA. Enquanto Trump proclamava que o programa nuclear estava irreversivelmente danificado, Teerã fez questão de refutar essa afirmação, alegando que o projeto permanecia intacto em sua essência.

Diante desse impasse, Omã, um tradicional mediador, fez um apelo à retomada das negociações entre Washington e Teerã. O país já havia facilitado diálogos no passado, e a pressão continua a aumentar com a restauração de sanções da ONU em setembro, provocadas pela não conformidade do Irã com o acordo nuclear de 2015. Este acordo limitava o programa nuclear do Irã, mas a retirada dos EUA em 2018 rompeu a fragilidade das negociações, reiniciando um ciclo de incertezas.

Como você vê a situação atual entre Irã e Ocidente? Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe dessa discussão essencial para o futuro da diplomacia global.

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