20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Israel aprova importante plano de colonização na Cisjordânia ocupada

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Vista panorâmica do muro que divide Jerusalém da Cisjordânia ocupada

Israel tomou uma decisão que poderá redefinir o mapa da Cisjordânia ocupada. Na última quarta-feira, 20, foi anunciado o projeto para a construção de 3.400 novas casas, um plano que, segundo críticos, não apenas dividirá o território palestino em dois, mas também poderá inviabilizar a criação de um futuro Estado palestino com continuidade territorial.

Guy Yifrah, prefeito da colônia israelense de Ma’ale Adumim, comemorou a aprovação: “Tenho o prazer de anunciar que a administração civil aprovou o planejamento para o bairro E1.” No entanto, essa notícia não foi bem recebida internacionalmente; a ONU e a União Europeia pressionaram Israel a reconsiderar a empreitada, reconhecendo as profundas implicações políticas e sociais que a colonização continua a ter na região.

Em um clima de crescente tensão, o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, de extrema direita, defendeu a aceleração do projeto e a anexação da Cisjordânia. Essa postura vem em resposta a declarações de vários países sobre o reconhecimento de um Estado palestino, indicando um cenário em que o desafio à soberania palestina se intensifica.

A ONG israelense Paz Agora, opositora da colonização, alertou sobre as consequências nefastas deste “plano fatal” para o futuro de Israel e a possibilidade de uma solução pacífica. Atualmente, cerca de três milhões de palestinos convivem com aproximadamente 500.000 israelenses em colônias que a comunidade internacional considera ilegais.

Desde 1967, a colonização na Cisjordânia tem sido uma constante sob diversos governos israelenses. Contudo, a atual escalada no processo vem se intensificando, especialmente após o início da guerra em Gaza em 7 de outubro de 2023. Isso resultou em um aumento nos confrontos entre a população palestina, o exército israelense e colonos, complicando ainda mais a dinâmica de um território já fragilizado.

As autoridades israelenses adotaram uma postura rigorosa em relação ao deslocamento dos palestinos, tornando suas movimentações na Cisjordânia dependentes de permissões, o que representa um cerceamento da liberdade de acesso a áreas como Jerusalém Oriental, que foi ocupada e anexada por Israel.

Esse novo capítulo do conflito israelense-palestino nos leva a refletir sobre o futuro da região. O que você pensa sobre essa nova fase de colonização? Deixe sua opinião nos comentários.

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