O cenário na Cidade de Gaza se agrava a cada momento. Nesta sexta-feira, 29 de setembro, o Exército de Israel anunciou a classificação da área como uma “zona de combate perigosa”, em meio a uma ofensiva que visa retomar o controle dessa região devastada. O exército confirmou também a recuperação dos corpos de dois reféns israelenses, embora apenas um tenha sido identificado até o momento.
A situação humanitária é crítica. Enquanto isso, grupos de ajuda e uma igreja local, que abriga cerca de 440 pessoas, se comprometeram a permanecer na cidade para apoiar os residentes. A fome se espalha entre os milhares que permanecem em Gaza durante os intensos bombardeios israelenses. Apesar das condenações internacionais, incluindo da ONU, os palestinos afirmam que essa nova classificação de “zona perigosa” é meramente simbólica, já que os ataques já estavam em alta.
O Exército de Israel também anunciou a suspensão das “pausas táticas” que permitiam a entrada de suprimentos humanitários. Antes, essas pausas ocorriam diariamente, entre 10h e 20h. Avichay Adraee, porta-voz do exército, reiterou a intenção de intensificar os ataques até que todos os reféns sejam trazidos de volta: “Desmantelaremos o Hamas,” afirmou. Ele pediu que a população palestina se movesse para o sul, descrevendo a retirada como inevitável.
A ONU revelou que 23 mil pessoas deixaram a cidade na última semana, mas muitos palestinos estão exaustos após sucessivos deslocamentos. Tel-Aviv considera Gaza um reduto do Hamas, cuja rede de túneis permanece ativa. No entanto, a cidade também abriga instituições essenciais de saúde, cuja capacidade pode ser drasticamente reduzida durante a ofensiva.
Os esforços para recuperar os reféns permanecem intensos. O Exército de Israel confirmou que um dos reféns, Ilan Weiss, foi identificado. Ele foi assassinado durante os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, em um assalto ao Kibutz Be’eri, perto da fronteira com Gaza. Da soma total de 251 reféns, cerca de 48 ainda permanecem em Gaza, com apenas 20 sendo considerados vivos.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel emitiu um apelo ao governo, pedindo negociações urgentes para garantir o retorno de todos os reféns. “O tempo está se esgotando para os reféns e para o povo de Israel que suporta essa carga,” afirmaram. Os próximos dias serão cruciais para o futuro dessa região, carregando a esperança de que o caminho para a paz seja encontrado mesmo em meio ao caos.
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