6 setembro, 2025
sábado, 6 setembro, 2025

Israel destrói outro grande edifício residencial na Cidade de Gaza

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Ataque aéreo em Gaza

Em um cenário devastador, o Exército israelense derrubou, neste sábado (6), mais um edifício residencial na Cidade de Gaza, intensificando uma operação que se revela cada vez mais brutal. Com milhões de pessoas em perigo, o coronel Avichay Adraee, porta-voz do Exército, fez um apelo nas redes sociais para a evacuação de uma área declarada “humanitária”. No sudoeste da cidade, foi demolido um prédio alto, identificado por testemunhas como Susi, perto da zona onde a população foi orientada a se deslocar.

A justificativa dada pelo Exército é de que o edifício servia como base para os terroristas do Hamas, utilizados para a instalação de equipamentos de vigilância. Em uma declaração oficial, o Exército alegou que essa infra-estrutura subjugava as vidas civis, uma alegação que, ao longo de quase dois anos de ofensivas em Gaza, tem se repetido, sem que provas concretas sejam apresentadas. O padrão de destruição inclui escolas, abrigos e clínicas, todos tidos como alvos por conta de supostas ligações com atividades do Hamas.

No dia anterior, outro edifício semelhante foi alvo de bombardeio, com o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, compartilhando um vídeo do colapso. A intenção do Exército é clara: destruir as infraestruturas palestinas, ao mesmo tempo em que busca o controle total da cidade para acabar com a presença do Hamas e libertar reféns. Essa escalada na violência se intensificou após declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre negociações em curso com o grupo militante.

Simultaneamente, o Exército israelense acredita que um número alarmante de reféns, sequestrados em 7 de outubro, já esteja morto, enquanto as negociações para seu resgate se complicam. A proposta de cessar-fogo aceita pelo Hamas parece distante, já que Israel exige a liberação total dos reféns e a desmobilização de seus armamentos.

Apesar das promessas de proteção, os habitantes de Gaza relatam uma realidade oposta. Abdelnaser Muchtaha, por exemplo, fala de sua luta pela sobrevivência em uma zona que deveria ser segura, mas se revelou fatal. A falta de abrigo, serviços de saúde e alimentos dentro da tal “zona humanitária” é alarmante. Basam al Astal, outro deslocado, descreve a situação como insustentável, com mortes diárias e uma utilidade muito além do ideal.

Com uma escalada vertiginosa nas operações militares, na sexta-feira, 42 pessoas perderam a vida nas ações israelenses, muitas delas características da tragédia que se abate sobre Gaza. Em meio à falta de comunicação e à dificuldade de acesso para verificação, as agências internacionais têm reportado a devastação que a guerra trouxe, com um saldo alarmante de mortes. Segundo dados fornecidos pela ONU, a resposta israelense à crise resultou na morte de 64.300 pessoas, muitas delas mulheres e crianças.

A realidade de Gaza é uma narrativa de dor e resistência, e como espectadores, é nosso papel questionar e discutir. O que podemos fazer para trazer à luz essas histórias e promover uma mudança? Compartilhe seus pensamentos e ajude a dar voz aos que não podem falar.

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