Em meio a uma escalada de tensões, o exército israelense lançou, nesta segunda-feira (21), uma ofensiva terrestre no centro da Faixa de Gaza. O cenário é alarmante: a devastação causada por mais de 21 meses de conflito já levou 25 países a se unirem em um apelo urgente pelo fim da guerra. Em um comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores de nações como Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal, Canadá e França ressaltaram que “a guerra em Gaza deve parar imediatamente”, enfatizando o sofrimento crescente dos civis e criticando a falta de assistência humanitária pelo governo israelense.
A Defesa Civil de Gaza e moradores locais relataram intensos disparos de artilharia em Deir al Balah, onde as operações militares israelenses se expandem para áreas nunca antes atingidas na luta contra o Hamas. A instrução era clara: os habitantes deveriam abandonar a zona em questão. O Gabinete da Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU estimou que entre 50.000 e 80.000 pessoas se encontravam nessa região, o que torna a situação ainda mais precária.
Famílias inteiras começaram a se deslocar, movendo-se em carroças puxadas por burros em busca de segurança. Abdallah Abu Slim, um morador de 48 anos, descreveu as noites marcadas por explosões ensurdecedoras e a sensação de desamparo diante da iminente ofensiva terrestre. “Tememos por nossas vidas e pela segurança dos nossos filhos”, lamentou. Hamdi Abu Mughsib, de 50 anos, compartilhou sua experiência, relatando a fuga apressada com a família e a insegurança que permeia toda a Faixa de Gaza. “Não há nenhum lugar seguro aqui”, afirmou, refletindo o desespero que domina a população local.
A situação se agrava com a impossibilidade de evacuação dos feridos devido ao intenso fogo de artilharia. Segundo Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, ao menos 15 pessoas já perderam a vida desde o amanhecer. Mai Elawawda, responsável pela ONG britânica Medical Aid for Palestinians, caracterizou a situação como “extremamente crítica”, destacando a urgência e a necessidade básica de assistência humanitária.
A crise em Gaza clama por atenção e ação imediata. Compartilhe sua visão sobre a situação nos comentários abaixo e se junte à conversa que busca soluções para este cenário devastador.