A 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas está prestes a começar, entre os dias 22 e 26 de setembro, e o Brasil se prepara para um momento significativo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sempre numa posição de destaque, fará o discurso de abertura no dia 23. Tradicionalmente, essa honra cabe ao líder brasileiro, mas neste ano, há um componente de incerteza que paira sobre a delegação.
Com apenas uma semana até o evento, o governo brasileiro aguarda a liberação de vistos para vários membros da equipe que acompanhará Lula em Nova York. Segundo o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, Marcelo Marotta Viegas, as solicitações estão em processamento. No entanto, ele expressou a dificuldade de prever quando ou mesmo se todos os vistos serão concedidos.
O contexto geopolítico é mais complexo do que parece. Recentemente, os Estados Unidos revogaram os vistos da Autoridade Palestina e de seu presidente, Mahmoud Abbas, em um clima marcado por acusações de terrorismo. A Autoridade Palestina controla partes da Cisjordânia, enquanto o Hamas mantém a Faixa de Gaza. No entanto, mesmo como estado observador na ONU, a Palestina tem reivindicações de acesso a vistos que outros países não devem ignorar.
A delegação brasileira expressou preocupações sobre a obediência ao acordo que rege a sede da ONU. “Não somos membros do comitê, mas levantamos preocupações sobre o cumprimento das obrigações do Estado-sede”, esclareceu Marcelo. Além disso, cresce a expectativa de que, neste encontro, na Assembleia Geral, países europeus como França e Reino Unido façam um movimento histórico ao reconhecer a Palestina como um Estado. É um momento em que os EUA e Israel se opõem ferrenhamente a essa possibilidade.
O desenrolar desses eventos terá implicações significativas para a diplomacia brasileira e para a política internacional. Como o Brasil se posicionará neste novo cenário? Deixe seus pensamentos nos comentários e compartilhe suas opiniões sobre o futuro do reconhecimento da Palestina na ONU!