Um jato de plasma solar canibal está a caminho da Terra, resultado de uma série de erupções provenientes de uma ativa região no Sol. Neste último fim de semana, uma erupção de classe M2.8 irrompeu da mancha solar AR4204, liberando uma ejeção de massa coronal (CME) direcionada ao nosso planeta. A expectativa é que o impacto ocorra entre a madrugada de segunda (1º) e terça-feira (2), conforme informações do Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da NOAA.
As erupções solares fazem parte de um ciclo de 11 anos de atividade do Sol, atualmente no Ciclo Solar 25. Durante esses ciclos, o Sol exibe várias manchas em sua superfície, que são concentrações de energia. Quando as linhas magnéticas se entrelaçam nessas manchas, elas podem “estalar”, resultando em explosões que lançam jatos de plasma ao espaço, as conhecidas CMEs. Essas explosões são categorizadas em classificaçōes que variam de A a X, dependendo da intensidade dos raios-X liberados.
O que é um jato de plasma solar canibal?
As CMEs são explosões colossais de plasma e campos magnéticos que, ao atingirem a Terra, podem interagir com as partículas atmosféricas, criando as deslumbrantes auroras. Contudo, dependendo da intensidade, essas ejeções podem também causar perturbações em satélites, comprometer comunicações de rádio e, em casos extremos, até danificar redes elétricas.
A física de clima espacial Tamitha Skov alertou que duas tempestades solares estão se dirigindo à Terra. A maior delas deve alcançar e combinar-se com a menor, um fenômeno denominado “CME canibal”, que potencializa os efeitos da explosão, resultando em um impacto mais intenso do que o usual.
The NOAA model run includes the two Earth-directed #solarstorm launches…
— Dr. Tamitha Skov (@TamithaSkov)
Evento pode provocar auroras em latitudes mais baixas que o normal
A NOAA prevê que a CME gerará uma tempestade geomagnética de nível G2, o que é considerado moderado. Existe a possibilidade de que essa intensidade se eleve para G3 (forte), expandindo a área onde as auroras poderão ser vistas. Regiões do sul dos EUA, como Oregon, Illinois e Nova York, podem ter a sorte de testemunhar este espetáculo celeste.
De acordo com o Met Office do Reino Unido, as auroras podem alcançar até áreas incomuns, como a Ânglia Oriental e o País de Gales, desde que as condições climáticas favoreçam a visibilidade. As expectativas são que as condições de observação se mantenham favoráveis até quarta-feira (3), proporcionando diversas oportunidades para apreciar este evento raro no céu.
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