
João Bosco retorna a Salvador com seu aclamado show Boca Cheia de Frutas, um evento que transcende a música e se transforma em uma celebração de vida, cultura e resistência. Nesta sexta-feira, na Pupileira, às 21h30, o cantor e compositor de 78 anos vai apresentar um repertório rico, mesclando clássicos imortais e novas faixas que refletem as nuances do Brasil.
Neste espetáculo, que se estrutura em três atos, João não poupa homenagens a grandes mestres da canção, como Vinicius de Moraes e Aldir Blanc. O show é uma viagem musical que nos transporta através de influências literárias e reflexões sobre ancestralidade. “A música é dinâmica, e a sequência das canções surge quase que naturalmente, como se cada uma chamasse a outra”, explica Bosco, enfatizando a espontaneidade que permeia seu trabalho.
Mais do que um show, a turnê de Boca Cheia de Frutas é um projeto social. Parte da renda obtida com os ingressos será revertida para cinco Centros de Educação Infantil mantidos pela Santa Casa da Bahia. Os bilhetes variam entre R$ 120 e R$ 350 e estão disponíveis através do Sympla.
“Estar em Salvador é como voltar para casa”, celebra João. Ele compartilha que sua nova obra é impregnada pela rica história dos povos afro-brasileiros e indígenas, que se entrelaçam na cultura baiana. No palco, ele se apresenta acompanhado por um time de músicos excepcionais, incluindo Ricardo Silveira e Kiko Freitas, que dão vida a suas composições com talento e sensibilidade.
A direção musical, assinada por João e seu filho Francisco, traz um toque pessoal ao espetáculo. O show começa com uma interpretação da canção Arquitetura de Morar, de Tom Jobim, serve como uma homenagem à visão ecológica do maestro, que ainda ressoa fortemente. “A intenção é fazer com que essas presenças ilustres estejam próximas, como se estivessem no palco,” reflete João sobre as homenagens a seus amigos e ídolos.
Na segunda parte do show, o público será presenteado com canções que reverenciam Aldir Blanc e outros ícones da música brasileira. O momento mais emocionante acontece com a canção E Aí?, que Bosco musicou a partir de uma letra deixada por Aldir após sua morte. “Musicar essa letra foi um desafio emocional, mas também uma maneira de mantê-lo vivo em minha arte,” diz ele, em uma manifestação clara de gratidão e saudade.
O show é encerrado com clássicos como O Bêbado e a Equilibrista e Caça à Raposa, que encapsulam toda a essência do espetáculo. João Bosco destaca que Caça à Raposa reflete o espírito das canções deliciando a plateia com seus versos profundos sobre recomeços.
Com Boca Cheia de Frutas, lançado em 2024, João apresenta um álbum coeso e intenso, onde a música tem um papel central na visibilidade de questões ambientais e sociais. “A música é o eco da natureza, e precisamos resgatar essa conexão,” afirma. João encerra a reflexão com um trecho de sua própria canção, dando voz à essência de sua mensagem: “Ah, recomeçar como canções e epidemias, recomeçar como paixão e o fogo.”
Para não perder essa noite inesquecível, garanta seu ingresso e venha se deixar levar pelas emoções que João Bosco promete trazer. Participe, compartilhe suas impressões e sinta a força da música ao vivo! Quem mais está animado para esse espetáculo?