22 outubro, 2025
quarta-feira, 22 outubro, 2025

Jogador vítima de racismo leva pena maior que agressor. Entenda

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No recente julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), a decisão surpreendeu a todos. O zagueiro Paulo Vitor, o PV, do Nacional-PR, recebeu uma punição mais severa do que o jogador que o ofendeu racialmente. Em vez de ser tratado como vítima, PV foi suspenso por dez partidas após reagir a um insulto racista, enquanto o atacante Diego, do Batel Guarapuava, foi punido com apenas sete jogos e uma multa de R$ 2 mil.

O episódio ocorreu em 4 de outubro, durante um jogo da Taça FPF em Guarapuava. Em meio a uma disputa de escanteio, Diego proferiu o insulto racista, chamando PV de “macaco”. Ao ouvir isso, PV não conseguiu conter a emoção e respondeu com um soco e uma cusparada, resultando em sua expulsão. O árbitro da partida, Diego Ruan Pacondes da Silva, acionou imediatamente o protocolo antirracismo da FIFA, interrompendo o jogo e cruzando os braços em “X” para sinalizar o ato discriminatório.

Durante o julgamento do caso, Diego tentou se defender, alegando ter dito “malaco” em vez de “macaco”. Entretanto, essa justificativa foi prontamente rejeitada pelo tribunal, que decidiu pela punição baseada no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que aborda atos discriminatórios. PV, por sua vez, foi penalizado com quatro jogos pela agressão e seis pela cusparada, totalizando dez.

O Batel, que enfrentou acusações de omissão, foi absolvido ao comprovar que demitiu Diego logo após o incidente e emitiu uma nota de repúdio oficial. A posição do clube foi clara em distanciar-se de qualquer ato de discriminação.

Frustrado com a decisão, o Nacional-PR anunciou que irá recorrer, buscando reverter a punição imposta a PV. O advogado do clube, Marlon Lima, deixou evidente sua determinação ao afirmar que “todas as medidas cabíveis para que a justiça seja feita” serão tomadas.

Essa situação acende um debate importante sobre a forma como o racismo é tratado no esporte e as consequências para aqueles que agem de forma discriminatória. O que você acha dessa decisão? Deixe sua opinião nos comentários!

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