A história de superação de Maria Eduarda Mesquita Resende, uma jovem de 18 anos, começou a se reescrever após oito dias de internação na UTI do Hospital Santa Luzia. A estudante, que foi atropelada enquanto atravessava uma faixa de pedestres no Guará 2, despertou do coma induzido que a mantinha inconsciente desde o acidente, no dia 15 de julho. Em um movimento surpreendente, menos de 24 horas após a extubação, ela iniciou sessões de fonoaudiologia, revelando sinais de recuperação.
O progresso de Maria Eduarda encantou a equipe médica. A fonoaudióloga Cristiane Alves, encarregada de seu atendimento, informou que ela já consegue seguir comandos básicos, como mover os membros e responder com gestos. “Ela está indo bem e tentando se comunicar. Já até tentou dizer ‘tudo bem’”, compartilhou Cristiane, que está trabalhando com a jovem para estimular habilidades essenciais, como deglutição e força de tosse.
A mãe da jovem, Ana Paula Mesquita, 38 anos, não escondeu a emoção diante da coragem da filha, que se recupera sem exigir traqueostomia para respirar. “Estamos todos surpreendidos com a velocidade da recuperação dela, tudo sem intercorrências. Ela é tão ansiosa e apressada quanto eu”, comentou Ana Paula, entre risos, celebrando cada pequeno passo dado por Maria Eduarda.
Embora a evolução de Maria Eduarda seja motivo de alívio, a família ressalta a importância das doações de sangue, que continuam vitais para outros pacientes. Aqueles que desejam ajudar podem se dirigir ao Banco de Sangue de Brasília, localizado no Centro Clínico Advance, sempre com agendamento prévio.
Relembrando o trágico dia do acidente, Maria Eduarda foi atropelada por volta das 11h40 enquanto se dirigia à academia. Após cruzar a primeira faixa de pedestres, um Hyundai IX35 a atingiu em baixa velocidade. O motorista, Gentil Caetano de Souza Filho, atuou com responsabilidade, prestando auxílio imediado e chamando o resgate. “Ele não teve culpa, e sei que está tão abalado quanto nós. O que queremos é salvar minha filha”, enfatizou Ana Paula.
Durante o socorro, Maria Eduarda ainda estava consciente, mas sua condição se deteriorou rapidamente devido a um edema cerebral, levando-a a passar por uma craniotomia de emergência. Agora, cada pequena melhoria é celebrada com esperança, e a expectativa é que ela recupere completamente a fala em breve.
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