28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Juiz que autorizou soltura de condenado por destruir relógio de Dom João VI já respondeu a processo no CNJ

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Relógio de Dom João VI

O juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro torna-se o protagonista de uma controvérsia que agita o cenário jurídico nacional. Sua recente decisão de liberar o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por atos antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023, reacendeu debates sobre sua conduta e trouxe à tona um histórico de investigação. Ferreira, um dos responsáveis pela destruição do histórico relógio de pêndulo do século XIX, trouxe não apenas danos materiais, mas também um desafio à integridade da Justiça.

Antes de autorizar a progressão de regime de Ferreira, o juiz já havia sido alvo de um processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por sua participação em um órgão da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais. Embora sua atuação tenha sido considerada por muitos como um potencial conflito de interesses, o CNJ arquivou o caso sem sanções, alegando falta de irregularidades. No entanto, a dúvida persiste, levantando questões sobre a imparcialidade do Judiciário e a responsabilidade dos magistrados em processos que atraem atenção pública.

A decisão de Lourenço, justificada pelo bom comportamento do condenado, ocorreu após apenas 16% da pena cumprida, algo que não passou despercebido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, em uma rápida e contundente reação, considerou que o juiz de primeira instância não tinha competência para alterar uma pena imposta pela Corte e determinou a imediata prisão de Ferreira. Moraes também pediu a apuração da conduta do magistrado, reacendendo o debate sobre os limites da atuação judicial.

Esse caso emblemático não é apenas sobre a liberação de um condenado; é um chamado à reflexão sobre a integridade do sistema de justiça. À medida que a investigação avança, a sociedade observa atentamente, aguardando respostas que possam restaurar a confiança nas instituições. O que você pensa sobre essa situação? Sua voz é importante; compartilhe suas opiniões nos comentários!

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