21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

Juiz tem promoção negada e acusa desembargador com quem brigou no futebol de prejudicá-lo

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Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Em meio a uma conturbada batalha judicial que envolve rivalidades pessoais e denúncias organizadas, o juiz Ariovaldo Corrêa decidiu desafiar as estruturas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Ele alega que seu pedido para ser promovido a desembargador foi prejudicado por um conflito com o desembargador Jairo Quadros, um rival que, segundo ele, interveio de maneira imprópria durante um jogo de futebol, culminando em uma agressão física.

Ariovaldo afirma que a avaliação de sua promoção foi viciada e careceu de transparência. Ele formalizou uma queixa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde expõe sua indignação com a presença de “desafetos” na comissão responsável por sua análise. O embate com Quadros teria ocorrido após um jogo de futebol da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul), onde, de acordo com Ariovaldo, o desembargador tentou intimidá-lo e chegou a agredi-lo.

No seu pedido, Ariovaldo faz um ponto curioso: o desembargador, que é o coordenador de segurança institucional do TJMS, foi o responsável pela integridade física dele, agravando ainda mais a situação. Ele argumenta que a manutenção de adversidades como essa em uma comissão que julga promoções é inaceitável e feriria os princípios de imparcialidade exigidos nesse contexto.

Embora a promoção de juízes ao cargo de desembargador deva seguir critérios objetivos, Ariovaldo não foi escolhido, apesar de acreditar que suas credenciais profissionais e acadêmicas deveriam tê-lo colocado em posição de destaque. A atmosfera tensa no TJMS, exacerbada pela operação da Polícia Federal chamada “Ultima Ratio”, que investiga a venda de sentenças e afastou vários membros da instituição, levanta dúvidas sobre a integridade do processo que lhe foi desfavorável.

Na petição, ele expressa sua preocupação com a diferença nas notas recebidas e questiona a falta de acesso ao total das avaliações. Essa disparidade de pontos, com notas que variam de 55 a 95, cria um cenário em que a credibilidade do processo de promoção é posta em xeque. Ariovaldo ressalta que a corrupção e os desvios de conduta devem ser considerados para entender a pressão que envolve a escolha de novos desembargadores e que sua situação é apenas uma das muitas que revelam um enredo preocupante dentro do TJMS.

Ainda sem decisão do CNJ, o conselheiro Pablo Coutinho Barreto solicitou uma manifestação do TJMS, incluindo a apresentação do processo em questão. Essa trama entre rivalidade pessoal e questões institucionais apresenta um novo capítulo que pode redefinir as dinâmicas de poder no tribunal. O que você acha dessa situação? Compartilhe suas opiniões!

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