24 agosto, 2025
domingo, 24 agosto, 2025

Justiça atende mentorado de Marçal e suspende apreensão de caminhões

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Recentemente, a Justiça de Santa Catarina tomou uma decisão controversa ao suspender a apreensão de caminhões alugados pelo empresário Vanderson de Melo. Mentorados pelo ex-coach Pablo Marçal, Vanderson é acusado de ocultar 40 veículos e fraudar suas placas para evitá-los de serem recuperados. Essas alegações surgem em meio à fama que ele construiu, sendo considerado um exemplo de sucesso por seus seguidores.

A liminar foi concedida paralelamente ao pedido de recuperação judicial do Grupo Brasil Novo, a empresa de Vanderson, que enfrenta uma dívida avassaladora de R$ 74 milhões. Ele defendeu na Justiça que a suspensão das buscas era crucial, alegando que os caminhões são vitais para a operação da empresa. Sem essa medida, o risco de demissões em massa e colapso das atividades era iminente, afetando diretamente os colaboradores e a economia local.

O pedido contou com o apoio da Von Satiel, administradora judicial nomeada pelo juiz, que destacou a imprescindibilidade dos caminhões para a continuidade do negócio. O juiz, Luiz Henrique Bonatelli, acatou o pedido, permitindo a liberação de R$ 2 milhões, além de garantir que apenas os veículos já apreendidos ficassem fora da proteção.

A situação de Vanderson não é isolada. Agentes judiciais já percorrem cinco estados em busca da frota desaparecida, que inclui caminhões com dívidas individuais que ultrapassam R$ 7,2 milhões. Até o momento, mais de 20 veículos foram encontrados em condições deploráveis, muitos deles vandalizados e com placas trocadas.

Vanderson, que começou sua jornada como motorista de caminhão, agora se posiciona como influenciador, compartilhando sua história de superação. Ele participou ativamente da campanha de Marçal para a Prefeitura de São Paulo em 2024 e se vê como símbolo de resiliência, um testemunho de que é possível vencer mesmo diante das adversidades. Sua trajetória é uma fonte de inspiração para quem o acompanha nas redes sociais.

Por outro lado, o passado recente de Vanderson revela um padrão problemático. Em 2020, firmou um contrato expressivo com uma grande empresa de logística para alugar 40 caminhões, mas as dificuldades financeiras resultaram na interrupção dos pagamentos e na não devolução dos veículos. Desde então, escândalos envolvendo trocas de placas e ocultação dos caminhões se tornaram comuns, levantando questionamentos sobre sua ética empresarial.

Em incidentes com a polícia, seus caminhões foram frequentemente encontrados em situações comprometedoras; em uma visita de advogados a um local em Barueri, funcionários foram surpreendidos tentando remover as placas dos veículos. Outro episódio ocorreu no Rio Grande do Sul, onde caminhões com documentação irregular foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal, revelando conexões entre as dívidas e bloqueios judiciais.

Apesar das acusações e investigações, Vanderson mantém sua posição defensiva, alegando que as dificuldades enfrentadas são resultado da crise financeira do setor e que está tomando todas as medidas possíveis para lidar com a situação. Ele parece acreditar que, mesmo diante de problemas, sua imagem de sucesso não deve ser abalada.

O que você pensa sobre essa trajetória controversa e a suspensão das apreensões? Compartilhe sua opinião! Sua voz é importante nesta discussão.

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