Uma reviravolta impactante abalou Maiquinique, cidade situada no sudoeste da Bahia, quando a Justiça Eleitoral decidiu pela cassação dos mandatos da prefeita Valéria Silveira (PV) e de seu vice, Kayke Jardim (PSD). As alegações? Abuso de poder político, captação ilícita de votos e conduta vedada, um cenário que revelou os meandros obscuros da política local.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), protocolada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), expôs práticas questionáveis, como a utilização de benefícios públicos para influenciar a decisão dos eleitores nas eleições de 2024. Documentos recentes indicam que a linha do tempo de pagamentos dos precatórios do Fundef e Fundeb foi manipulada, com datas alteradas para gerar uma percepção favorável à gestão.
De acordo com a juíza Giselle de Fatima Cunha Guimarães Ribeiro, tal manipulação visou enganar eleitores mais vulneráveis, que poderiam acreditar que os pagamentos eram um presente da administração, quando na verdade se tratava de uma estratégia eleitoreira. Além disso, o período de investigação revelou a entrega de 46 licenças-prêmio a servidores públicos, muitas convertidas em dinheiro, uma artimanha disfarçada de beneficência.
A juíza enfatizou que, embora a concessão de licenças-prêmio seja técnica, sua execução não pode ser guiada por interesses eleitorais. O desvio de finalidade, como determinou a magistrada, não pode ser tolerado em uma democracia.
Por conta das irregularidades, a decisão da 91ª Zona Eleitoral foi clara e severa: os diplomas de Valéria Silveira e Kayke Jardim foram cassados, e ambos estão inelegíveis pelos próximos oito anos. Junto a isso, cada um recebeu uma multa de R$ 10 mil, e a coligação “Maiquinique Segue Avançando” também foi multada em R$ 10 mil por conduta irregular.
Enquanto a decisão ainda cabe a recursos nas instâncias superiores, a população aguarda as repercussões deste caso que promete levar à luz os segredos que ainda pairam sobre a política regional. E você, o que pensa sobre essas práticas na política local? Deixe sua opinião nos comentários e movimente esta discussão essencial para nossa democracia.