22 julho, 2025
terça-feira, 22 julho, 2025

Justiça eleitoral cassa mandatos de prefeito e vice de Aramari por abuso de poder político e econômico

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Na última terça-feira, 22 de agosto, a Justiça Eleitoral tomou uma decisão impactante que abalou o município de Aramari, na Bahia. O prefeito Tonho Cardoso (PSD) e o vice-prefeito Mirvaldo Santos (Podemos) tiveram seus mandatos cassados por abuso de poder político e econômico, uma ação que não apenas prejudicou suas carreiras, mas também lança uma sombra sobre práticas eleitorais na região. Ademais, a sentença impôs a inelegibilidade por oito anos ao ex-prefeito Fidel Dantas e à sua ex-chefe de gabinete, impedindo-os de concorrer a qualquer cargo público nesse período.

A condenação se baseou em uma série de irregularidades, entre as quais a mais grave foi a acusação de compra de votos. Durante uma operação policial na prefeitura, foram encontrados 19 envelopes com dinheiro e listas de pessoas, tudo na sala da chefe de gabinete. Essa descoberta levantou sérias preocupações sobre a integridade eleitoral na cidade.

Imagem do carimbo em notas de Posto de Combustível | Foto: Reprodução / Bahia Notícias

Além disso, talões de combustível apreendidos revelaram que várias notas estavam carimbadas tanto pela campanha de Tonho quanto pela Chefe de Gabinete. Com a eleição se aproximando, essas evidências indicam que recursos públicos estariam sendo utilizados para influenciar o voto, especialmente em áreas rurais, através de promessas de dinheiro e 500 vales-combustível.

As provas coletadas foram decisivas. Além dos envelopes e talões, R$ 9.000,00 em dinheiro foram encontrados na residência de Tonho, junto a celulares que continham informações relevantes para a investigação. A defesa dos acusados tentaram deslegitimar o processo, alegando que a denúncia era “anônima” e que a busca era ilegal. No entanto, o juiz Augusto Yuzo Jouti refutou esses argumentos com firmeza.

Observações do juiz também elucidaram que o comitê de campanha da coligação estava praticamente vazio, reforçando a ideia de que muitas atividades eleitorais estavam sendo conduzidas de dentro da prefeitura. A apreensão de registros de campanha nas agendas da Chefe de Gabinete e em veículos do prefeito corroboraram essa conclusão alarmante.

A Justiça concluiu que havia um uso indevido do poder público, com o Município pagando por combustível para mobilizar carreatas em apoio ao candidato Tonho Cardoso. Mesmo que não houvesse evidências de que os prefeitos tivessem carimbado as notas ou entregado diretamente os envelopes, o benefício obtido por meio desses recursos ilegais foi a razão central da cassação. Com a decisão, ambos perderam os cargos para os quais foram eleitos.

E você, o que pensa sobre essa decisão? Acha que a Justiça está agindo corretamente ao combater essas irregularidades? Deixe seu comentário!

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