
A Justiça de São Paulo acaba de impor medidas rigorosas a Kimio Mizukami da Silva, uma professora aposentada de 73 anos, sob a acusação de ter atuado como “laranja” em um esquema de corrupção que movimenta impressionantes R$ 1 bilhão. Sua ligação com o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, que seria o chefe do esquema, é central neste caso revelador de corrupção no setor público.
A decisão judicial foi motivada pela denúncia contra sete envolvidos, acusados de manipular propinas ligadas a restituições de créditos de ICMS. Parte de um grande desdobramento da Operação Ícaro, a investigação já resultou na prisão de figuras importantes do setor, como o empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma, e o executivo da Fast Shop Mário Otávio Gomes. Contudo, eles não foram denunciados nesta fase.
A medida de tornozeleira eletrônica, imposta a Kimio, visa controlar sua liberdade enquanto a Justiça investiga sua condição e envolvimento no esquema. Além dela, Marcelo de Almeida Gouveia, um fiscal da Delegacia Regional Tributária de Osasco, e outras quatro pessoas também enfrentam consequências severas. Entre os acusados estão contadoras e um lobista, reforçando a complexidade do caso.
Segundo os promotores, o grupo utilizava práticas clandestinas para ajudar empresas a recuperarem créditos de ICMS, em troca de taxas exorbitantes. Artur, apelidado de “cérebro” por trás das fraudes, teria operado com uma empresa de fachada registrada em nome da mãe, o que despertou a atenção das autoridades. O aumento explosivo de seus bens, que saltaram de R$ 411 mil em 2021 para impressionantes R$ 2 bilhões em 2024, levanta dúvidas sobre a origem de sua fortuna.
Além disso, o lobista Celso Éder Gonzaga foi detido com uma quantia significativa de dinheiro em espécie, além de valores em dólares, euros, criptomoedas e esmeraldas, evidenciando a magnitude do esquema. As contadoras também desempenhavam papéis críticos na elaboração dos pedidos fraudulentos, demonstrando a engrenagem bem oiled que sustentava a corrupção.
As defesas foram notificadas e terão dez dias para se manifestar. A gravidade das acusações e a profundidade do esquema revelam um caso que pode mudar o panorama da corrupção no Brasil. O que você acha sobre a impunidade que frequentemente assola casos assim? Deixe sua opinião nos comentários!