29 julho, 2025
terça-feira, 29 julho, 2025

Kid preto reclama de calote após pagar coxinha: “Tem gente me devendo”

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O coronel do Exército, Márcio Nunes de Resende Júnior, fez uma revelação impactante. Em uma reunião informal, marcada por coxinhas e refrigerantes, ele alega que alguns dos participantes ainda lhe devem dinheiro. A sessão que, segundo ele, deveria ser apenas uma confraternização, se desdobrou em uma discussão que a Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve como parte de uma trama golpista. Esse encontro, realizado em 28 de novembro de 2022, é visto pela PGR como uma tentativa de persuadir oficiais de alto escalão a apoiar um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a oitiva no Supremo Tribunal Federal (STF), Márcio recordou que, na noite anterior ao evento, participou de uma confraternização com outros militares. A ideia de se encontrar novamente surgiu após conversas informais. “Cada um levaria algo”, comentou, relatando como a organização da reunião ficou aquém do esperado. Ele citou a falta de estrutura e planejamento, ressaltando que muitos compareceram sem trazer nada.

“Comprei algumas coisas, mas foi algo bem casual. Paguei o salão e, mesmo assim, alguns ainda estão me devendo”, desabafou. Ao descrever o ambiente, Márcio enfatizou a informalidade e a falta de rigor na organização do evento, distantes das intenções atribuídas a eles pela PF e pela PGR.

“Foi uma confraternização desorganizada. Nossa intenção era apenas nos reunir, não articulamos qualquer plano golpista”, assegurou o coronel.

As investigações da Polícia Federal revelaram que, durante esse encontro, outros militares, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, estavam envolvidos. A suspeita se concentra em que a reunião serviu para elaborar uma carta que pressionaria o comandante do Exército, em um claro desvio das funções e deveres que os militares têm em relação à democracia.

A carta, que trazia um teor alarmante e golpista, foi enviada pelo coronel Bernardo Romão, um dos presentes na reunião, e continha declarações que desafiavam os princípios militares. “Covardia, injustiça e fraqueza são atributos abominados por um soldado”, afirmava o texto, revelando a intenção de instigar instabilidades.

O grupo, segundo a acusação, não se limitou a discutir uma carta: planejou ações que poderiam gerar um impacto social significativo, favorecendo aqueles que desejavam derrubar o novo governo. Entre os réus deste contexto, estão coronéis e tenentes-coronéis, que se veem agora confrontados com a gravidade das acusações.

Na expectativa do interrogatório, que será realizado de maneira virtual, todos os réus do núcleo 3 se prepararão para responder a questionamentos que podem definir o desenrolar desse caso enigmático. O primeiro a ser ouvido será Bernardo Romão, sucedido pelos demais na ordem alfabética, sempre acompanhados por seus advogados.

Agora que você conheceu os desdobramentos dessa intrigante história, o que pensa sobre a relação entre o dever militar e a política? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!

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