2 agosto, 2025
sábado, 2 agosto, 2025

Krugman: Trump acha que governa o mundo, mas não tem o suco do Brasil

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Krugman critica Trump

O renomado economista Paul Krugman, laureado com o Prêmio Nobel de 2008, não hesita em criticar a postura de Donald Trump à frente da presidência dos Estados Unidos. Em um artigo provocativo, intitulado “Trump/Brasil: delírios de grandeza vão para o sul”, Krugman discorre sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo americano a produtos brasileiros. Para ele, essa atitude revela uma evidente falta de compreensão da realidade global.

Krugman, que é alinhado ao Partido Democrata, lamenta o uso das tarifas como uma ferramenta de pressão política. Ele ironiza a crença de Trump de que possa forçar mudanças políticas por meio de ameaças comerciais: “Quem imagina que os EUA podem usar a ameaça de tarifas para forçar grandes mudanças políticas está sofrendo de delírios de grandeza”, observa. “Na verdade, é surpreendente que algo tão irregular quanto isso ainda esteja acontecendo.”

O cerne da crítica de Krugman é que, utilizando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, Trump não apenas desrespeita a legislação, mas também baseia suas ações em uma suposta emergência atribuída ao Brasil, acusando-o de violações significativas dos direitos humanos. Segundo o artigo, as tarifas visam coagir empresas de tecnologia a censurar críticas e remover usuários, ameaçando-as com sanções severas se não acatarem.

Em sua análise, Krugman menciona especificamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, destacando os abusos de autoridade em suas ações de censura. “Trump e seus assessores acreditam que podem intimidar o Brasil, uma nação de mais de 200 milhões de habitantes, ao mesmo tempo em que 88% de suas exportações seguem para outros destinos”, questiona Krugman.

Outro ponto que chama atenção é a seleção de produtos que ficam isentos das tarifas. Surpreendentemente, o suco de laranja foi poupado, enquanto o café, considerado essencial, foi taxado. Krugman reflete: “Isso demonstra que, ao contrário do que Trump alega, quem acaba pagando as tarifas são os consumidores americanos, não os exportadores estrangeiros.” Ele conclui com uma ironia provocadora: “Trump pode pensar que governa o mundo, mas ele não tem o ‘suco’ – nem de laranja, nem de outra coisa.”

Por fim, Krugman menciona o efeito curioso que esse tarifaço pode ter na popularidade do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que, sob pressão externa, parece ver sua imagem política se fortalecer momentaneamente. “Assim como vimos no Canadá, as tarifas de Trump surpreendentemente beneficiaram Lula. O que parece ser uma medida de coerção se transforma, paradoxalmente, em um impulso para sua popularidade”, conclui.

A análise de Krugman é um convite à reflexão sobre as complexas relações internacionais e a capacidade dos líderes em influenciar a política global. E você, o que pensa sobre o impacto das tarifas comerciais na dinâmica entre Brasil e EUA? Deixe sua opinião nos comentários!

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