25 setembro, 2025
quinta-feira, 25 setembro, 2025

Anvisa: não há registros que relacionem paracetamol a autismo

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Recentemente, o debate sobre o uso de paracetamol durante a gravidez ganhou destaque após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionar uma suposta ligação entre o analgésico e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil rapidamente esclareceu que não existem evidências que comprovem essa afirmação.

Esse tema gerou grande preocupação, especialmente entre mães de crianças diagnosticadas com autismo. Muitas delas compartilharam seus sentimentos de insegurança e culpa nas redes sociais. Rayanne Rodrigues, estudante de Farmácia e mãe de uma criança com autismo nível dois, expressou sua angústia sobre a desinformação que circula sobre o assunto.

“Como mães atípicas, ficamos alarmadas com a quantidade de informações equivocadas que se espalham. Grávidas já têm uma lista limitada de medicamentos seguros. Fico pensando em quantas mães se sentem culpadas por situações que não têm controle”, desabafou Rayanne, ressaltando que o autismo pode ser influenciado por diversos fatores.

Para tranquilizar a população, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se manifestou nas redes sociais, enfatizando a falta de comprovação científica que relacione o uso do paracetamol ao autismo. Em suas palavras, ele afirmou: “O Tylenol é causa do autismo? Mentira! Não existe nenhum estudo que prove isso.”

Brasília (DF), 23/09/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante anúncio de recomendações para mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desmentiu, em suas redes sociais, a afirmação de que o uso de paracetamol durante a gravidez cause autismo nas crianças. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ele continuou: “Essa desinformação pode colocar a vida de mães e bebês em risco. Organizações de saúde, como a OMS e a Anvisa, corroboram que o paracetamol é seguro. O autismo já era reconhecido muito antes de o paracetamol existir.”

A declaração de Trump provocou uma onda de reações. A OMS deixou claro que não há evidência científica que confirme qualquer relação do paracetamol e o autismo durante a gravidez. A Agência de Medicamentos da União Europeia também reiterou que as diretrizes atuais de uso permanecem inalteradas.

Embora a FDA nos Estados Unidos tenha iniciado um processo para modificar as instruções sobre o paracetamol, no Brasil, a Anvisa classifica o medicamento como de baixo risco, mantendo sua dispensação sem receita. A vigilância sobre sua segurança é constante, assegurando que siga critérios rígidos de qualidade e eficácia.

Como você vê essa questão? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião! Vamos continuar esse importante diálogo sobre a saúde durante a gravidez.

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