8 setembro, 2025
segunda-feira, 8 setembro, 2025

Brasil registra um caso de envenenamento a cada duas horas

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Nos últimos 10 anos, o Brasil viu um alarmante total de 45.511 atendimentos de emergência relacionados a envenenamentos que exigiram internação. Os dados, publicados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), revelam um problema de saúde pública que não pode ser ignorado.

O levantamento destaca que, além de casos acidentais, 3.461 pacientes foram internados com intoxicação intencional. Isso levanta urgentemente a questão da segurança em ambientes que deveriam ser protegidos, principalmente entre os mais vulneráveis.

Esses números traduzem uma média assustadora de 4.551 casos por ano, ou seja, cerca de 12,6 envenenamentos a cada dia. Para se ter uma noção, a cada duas horas, uma pessoa busca ajuda emergencial devido à ingestão de substâncias perigosas.

A Abramede enfatiza a importância dos médicos emergencistas em situações críticas e aponta preocupações com a facilidade de acesso a venenos, a falta de regulamentação eficaz e a impunidade, principalmente em contextos íntimos, onde muitas vezes as motivações são emocionais.

As substâncias mais frequentemente envolvidas nos envenenamentos incluem drogas, medicamentos não especificados e produtos químicos, com 6.407, 6.556 e 5.104 casos, respectivamente. Entre os casos acidentais, analgésicos e medicamentos de uso comum lideram a lista, seguidos por pesticidas e álcool.

A distribuição geográfica desses casos revela que o Sudeste concentra quase metade dos atendimentos, com São Paulo e Minas Gerais figurando como os estados mais afetados. O Sul e o Nordeste seguem, mas com números preocupantes que requerem atenção imediata.

A análise do perfil das vítimas revela que a maioria dos casos envolve homens e que os adultos jovens, entre 20 e 29 anos, são os mais atingidos, seguidos de crianças de 1 a 4 anos. Essa realidade aponta para a necessidade de estratégias de prevenção eficientes.

Casos recentes, como o de uma família que morreu após consumir um bolo contaminado com arsênio e o de um Réveillon trágico em Parnaíba, onde uma refeição adulterada resultou em mortes, ilustram a gravidade da situação. Estes relatos são um lembrete doloroso de que a segurança alimentar e a vigilância são fundamentais.

É hora de refletir sobre esses dados. Que medidas você acredita que devem ser adotas para prevenir essas tragédias? Compartilhe suas ideias nos comentários e ajude a promover maior conscientização sobre esse tema crítico.

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