10 setembro, 2025
quarta-feira, 10 setembro, 2025

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

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Mosquitos portadores da bactéria Wolbachia foram soltos, nesta terça-feira (9), em um esforço inovador para combater as doenças causadas pela dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal e nos municípios de Valparaíso de Goiás e Luziânia. Essa ação emblemática não apenas marca o início de uma nova estratégia de saúde pública, mas também a inauguração da biofábrica do método Wolbachia, localizada a apenas 10 quilômetros de Brasília.

A biofábrica tem como objetivo revolucionar a maneira como enfrentamos as doenças transmitidas por mosquitos. A inovação utiliza a bactéria Wolbachia, introduzida nos mosquitos Aedes aegypti, para bloquear a replicação de vírus perigosos. A combinação é apresentada pelo secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda, que afirma: “Ao produzir o mosquito com a bactéria, chamado Wolbito, transformamos a população dos mosquitos. Isso resulta na redução significativa do potencial de transmissão de doenças, como a dengue e a zika”.

Dezesseis cidades brasileiras já implementaram a técnica Wolbachia – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os resultados já são promissores. No primeiro semestre de 2025, os casos de dengue no país reduziram em 75% e as mortes pela doença diminuíram em 73%. Contudo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta que é crucial continuar vigilante. “Estamos lançando, a partir de setembro, uma campanha de conscientização. Este é o melhor momento para orientarmos a população sobre a prevenção e combater a proliferação do Aedes aegypti“, afirma Padilha.

A nova biofábrica promete impactar positivamente mais de 750 mil pessoas, produzindo até 6 milhões de mosquitos adultos por semana. Esta operação, uma das maiores do Brasil, é realizada com a distribuição semanal em 20 mil potinhos, empregando uma equipe dedicada de 52 servidores e 26 viaturas diariamente.

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração da biofábrica de Wolbachia de Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Até agora, 16 cidades no Brasil já utilizam essa técnica inovadora. Em julho, a biofábrica de Curitiba (PR) fez história ao se tornar a maior do mundo. Em Niterói, dados recentes revelam uma redução impressionante de 88% nos casos de dengue após a implementação desse método. E até o final do ano, novas cidades como Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP) devem seguir este caminho promissor.

Pelo método, os mosquitos Aedes aegypti são inoculados com a bactéria Wolbachia, o que os torna “imunes” ao contágio por vírus que causam doenças – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O futuro é promissor e transformador. Você acredita que essa tecnologia é a chave para o controle de doenças transmitidas por mosquitos? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre essa inovação que pode mudar o cenário da saúde pública no Brasil!

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