A covid-19 surge como a principal responsável pelas hospitalizações de idosos devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro e Amazonas nas últimas semanas. Neste contexto, a SRAG, que se origina de infecções virais, continua a ser uma preocupação crescente na saúde pública.
Dados recentes do boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelaram um aumento alarmante nas notificações de SRAG por covid-19. O panorama se estende por estados como o Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Piauí e Paraíba, indicando uma tendência preocupante.
Em particular, no Amazonas, a incidência da SRAG aumentou entre crianças pequenas de até quatro anos, vinculada ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Já em regiões como Amapá, Goiás e o próprio Rio de Janeiro, a escalada da doença impacta mais as crianças e adolescentes, associada ao rinovírus. Por outro lado, no Espírito Santo, o crescimento da SRAG se destaca entre os idosos.
A pesquisadora Tatiana Portella, líder do InfoGripe, alerta que, embora a situação da covid-19 no Brasil não apresente níveis críticos, a recente atividade do Sars-CoV-2 em diversos estados serve como um importante aviso à população de risco. A atualização da vacinação é essencial para garantir proteção adequada.
“Idosos e imunocomprometidos devem receber doses de reforço a cada seis meses. Os demais grupos de risco, como aqueles com comorbidades, necessitam de reforço anualmente”, enfatiza a pesquisadora, destacando a importância de manter a imunização em dia.
Até agora, foram registradas 10.051 mortes por SRAG em 2025, com uma distribuição dos óbitos por causas: 52,7% atribuídos à influenza A, 1,8% à influenza B, 12,1% ao VSR, 13% ao rinovírus e 21,2% à covid-19. No último mês, a prevalência dos óbitos positivos variou significativamente, sublinhando a complexidade do enfrentamento das infecções respiratórias agudas no Brasil.
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