Em um passo importante para a saúde pública, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, anunciaram o Fórum de Mulheres na Saúde, em uma cerimônia realizada em Brasília. Este novo espaço se propõe a ser um ambiente de diálogo constante, voltado à criação de políticas públicas que atendam às especificidades da saúde feminina, através da participação ativa no Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo central dessa iniciativa é promover a saúde integral das mulheres, destacando que, no SUS, cerca de 75% dos profissionais são mulheres. Padilha enfatizou a importância de priorizar a saúde feminina, pois elas são a maioria dos usuários do sistema, cuidando não apenas de si mesmas, mas também de seus familiares.
“Quem mais usa o SUS são as mulheres, seja para fazer o seu cuidado próprio ou, muitas vezes, para acompanhar o filho, o marido, pai, o avô. No SUS, 75% dos profissionais são mulheres. Portanto, a saúde das mulheres precisa ser uma prioridade absoluta”
A criação do fórum é um reflexo do compromisso do governo federal com a equidade de gênero e com a valorização da presença feminina na saúde. Márcia Lopes destacou que a construção de políticas públicas deve ser um trabalho conjunto, envolvendo grupos, movimentos e líderes comunitários que entendem a realidade local e podem oferecer soluções concretas.
Diversas vozes femininas se fizeram ouvir na ocasião. Lu Alckmin, esposa do vice-presidente, ressaltou a importância de ouvir as necessidades das mulheres, enquanto a ativista Luiza Brunet destacou o fórum como um canal essencial para que as vozes femininas sejam legitimadas nas esferas de decisão. “Cuidar da saúde das mulheres é garantir que elas tenham saúde mental e física, essenciais para viver sem violência”, afirmou.
A assistente social Elisandra Martins, conhecida como MC Lis da Batalha das Gurias, pediu atenção especial à saúde mental e ressaltou a importância de considerar as sugestões de movimentos sociais já existentes. Aline Sousa, representante do Movimento Nacional dos Catadores, também chamou a atenção para a força de trabalho feminina no setor de reciclagem, destacando como sua ação impacta a saúde pública.
O Fórum de Mulheres na Saúde, coordenado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Mulheres, terá um caráter consultivo e propositivo, abordando temas como saúde sexual e reprodutiva, atenção ao parto e pós-parto, saúde menstrual, violência de gênero, saúde mental e prevenção do câncer. A primeira reunião está agendada para janeiro de 2026.
A saúde das mulheres no Brasil também é fortalecida por diversas ações do governo, como o Programa Dignidade Menstrual, que já beneficia milhões de mulheres com a distribuição gratuita de absorventes, além de outros investimentos voltados à saúde materna e ao acolhimento de vítimas de violência. Agora, mais do que nunca, é essencial que todos participem desse diálogo e contribuam para a construção de um sistema de saúde mais justo e eficaz.
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