Os países que formam o Brics estão em busca de uma nova era de colaboração em saúde. Em um encontro no Rio de Janeiro, organizado pela renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), líderes de instituições de saúde pública discutem estratégias para enfrentar desafios comuns e melhorar a preparação para futuras emergências. Uma carta com compromissos importantes será divulgada nesta quarta-feira (17).
Na visão do representante da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, Cristian Morales, a união dos países do Brics é uma oportunidade única para a inovação na área da saúde. Ele destaca que o conhecimento científico e as capacidades produtivas dos membros do bloco podem ser fundamentais para desenvolver novos medicamentos, vacinas e kits de diagnóstico, beneficiando as populações mais vulneráveis.
O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde do Brasil, Mariângela Simão, ressalta a importância de fortalecer essa aliança em um cenário global em que os investimentos em saúde estão sendo reduzidos. Em sua fala, observa que o momento atual favorece a união de esforços entre esses países.
“Estamos diante de um cenário em que a nação mais rica do mundo está se afastando das demandas globais, enquanto outras buscam manter a ciência à frente das políticas públicas”, explicou Mariângela.
Ela também enfatizou que, sob a liderança do Brasil, o Brics tem a chance de implementar políticas de saúde que beneficiem toda a população. Um dos objetivos principais do encontro é a Parceria pela Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, uma iniciativa que visa combater enfermidades que afetam os mais pobres, induzidas por fatores sociais e econômicos, como a tuberculose e a malária.
Outro foco essencial é garantir o acesso igualitário a tratamentos e inovações de saúde. Lourdes Oliveira, vice-presidente de Saúde Global e Relações Internacionais da Fiocruz, reforça a necessidade de fortalecer a capacidade local de produção, garantindo que as nações do Sul Global consigam desenvolver suas próprias soluções de saúde. “Devemos trabalhar juntos para evitar repetir o cenário alarmante que vivemos durante a pandemia”, ressalta.
A colaboração entre os institutos de saúde do Brics abre um caminho promissor, onde a saúde pública é tratada como uma prioridade global. É hora de refletir sobre a importância dessa união e como você, leitor, pode contribuir para um futuro saudável e sustentável. Compartilhe suas ideias nos comentários!