Recentemente, o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, tornou-se alvo de polêmica após ter seu visto revogado pelo governo dos Estados Unidos devido a sua associação com o programa Mais Médicos. Em uma defesa direta ao programa, ele destacou os impactos positivos e as melhorias significativas na saúde da população brasileira.
Em uma postagem no Instagram, Mozart descreveu o Mais Médicos como “uma iniciativa primordial” para assegurar atendimento de saúde a milhões de brasileiros. Ele relembrou que, na fase de sua criação, o governo brasileiro se uniu à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para trazer profissionais cubanos ao país, enfatizando a importância da cooperação internacional.
A presença de médicos cubanos e de outras nacionalidades, conforme argumentou o secretário, tem sido fundamental para oferecer cuidados de saúde básicos, aliviando dores e sofrimentos. “Graças a essa iniciativa, conseguimos diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida de muitos”, ressaltou. Mozart recordou também que, no início do programa, uma pesquisa do Datafolha apontou uma aprovação de 87% entre a população.
Apesar das adversidades, ele reafirmou sua convicção de que o Mais Médicos representa a essência do Sistema Único de Saúde (SUS), considerado o maior sistema público de saúde do mundo, que é universal, integral e gratuito. “Essa sanção injusta não muda minha certeza de que o programa defende a vida”, afirmou.
Na quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação dos vistos de funcionários do governo brasileiro e de ex-funcionários da Opas, alegando envolvimento com a implementação do Mais Médicos e acusando-os de serem cúmplices do “trabalho forçado do governo cubano”. Além de Mozart, o ex-assessor de Relações Internacionais, Alberto Kleiman, também teve seu visto cancelado.
Em resposta à medida, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu a continuidade do programa, afirmando que o Mais Médicos “sobreviverá aos ataques injustificáveis”. Ele reforçou que a iniciativa é aprovada pela população, que é quem realmente importa neste processo. “Não nos curvaremos a quem persegue a ciência e os profissionais que salvam vidas”, concluiu em suas redes sociais.
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