Em um momento crucial em que o planeta ultrapassou o limiar crítico de 1,5°C de aquecimento, todas as atenções estão voltadas para a Amazônia. O Brasil, que lidera negociações climáticas em Bonn na preparação para a COP30, se vê diante de uma contradição alarmante: enquanto busca um status de liderança climática, acaba de leiloar 19 blocos de exploração petrolífera na foz do Rio Amazonas, desconsiderando a vontade das comunidades indígenas que habitam essa rica região.
Essa decisão não é apenas um escândalo ambiental, mas um golpe contra os povos que preservam a Amazônia e a luta global contra as mudanças climáticas. O Brasil precisa decidir entre ser um verdadeiro líder climático ou se apegar a uma política econômica arcaica que prioriza a extração de petróleo. A exploração na foz do Amazonas poderá intensificar a pobreza, a poluição e a destruição, trazendo consequências devastadoras não apenas para a região, mas para o mundo inteiro.
Os povos indígenas têm sido guardiões da floresta por milênios, controlando o manejo sustentável de um ecossistema vital. É vital que nossas vozes sejam ouvidas em conferências e debates sobre projetos que ameaçam nossas terras. Precisamos estar plenamente integrados nos processos decisórios para garantir que nossas florestas e o clima global permaneçam protegidos.
Recentemente, líderes indígenas dos nove países amazônicos se reuniram em Brasília, elaborando soluções inovadoras para proteger o clima e a Amazônia em um momento de crise. Enquanto representantes de várias nações se preparam para as negociações em Bonn, trazemos propostas fundamentais: reconhecimento legal dos territórios indígenas, financiamento para ações de mitigação e adaptação e participação efetiva em decisões climáticas. Sem a proteção desses territórios, a luta contra as mudanças climáticas torna-se insustentável.
Exigimos que nossas reivindicações sejam discutidas nas negociações preparatórias para a COP30. Um verdadeiro esforço global contra as mudanças climáticas não pode acontecer sem a inclusão dos povos indígenas. A Amazônia, reconhecida como a base do equilíbrio planetário, está ameaçada pela exploração de petróleo, que aumenta a ganância e promove a devastação. Estamos à beira de um colapso que poderia alterar irreversivelmente o futuro do nosso planeta.
Os povos indígenas da Amazônia pedem ao mundo que apoie nossa luta pelos direitos à terra e nossas demandas nas negociações climáticas internacionais. Nossa sabedoria ancestral tem as respostas que o nosso tempo pede. O relógio está correndo, e o Brasil deve reintegrar-se como o líder climático que o mundo tanto necessita.
Agora, mais do que nunca, é hora de agir. Compartilhe suas opiniões e apoie a luta pela proteção da Amazônia nos comentários. Juntos, podemos construir um futuro melhor.