19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

VÍDEO: “Essa vaga é minha”, manifesta professora Irma Ferreira sobre caso de cotas na UFBA

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A professora Irma Ferreira utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (15) para se apresentar e abordar os recentes acontecimentos relacionados à contratação dela como docente substituta na Universidade Federal da Bahia (UFBA), que foi anulada judicialmente devido à aplicação da lei de cotas. Em um vídeo, ela também discute as regras estabelecidas no edital do concurso e a própria legislação sobre cotas raciais.

 “Eu me preparei para a prova. Conciliar o palco e os estudos nunca foi um problema para mim, faz parte da minha rotina desde sempre. Como uma mulher preta, não tenho tempo para estar errando, muito menos fazer as coisas mal feitas. Acabei a prova sabendo que tinha feito o que precisava e ouvi um diálogo da banca: ‘Ela fala bem, né?’. O resultado saiu e eu fui aprovada. Sabia meus direitos, eu li o edital e sim, a vaga era a minha por lei. Fiz valer, racismo institucional estávamos vendo. Sem mais me alongar, sou Irma Ferreira, cantora lírica, mulher preta, de Salvador. Essa vaga é minha”, manifesta a professora.

Veja o vídeo: 

Em sua postagem nas redes, Irma Ferreira cita trechos do edital nº 02/2024 da UFBA, que estabelece a oferta de 83 vagas no total, sendo 62 para ampla concorrência, 16 reservadas para pessoas autodeclaradas negras e 5 para pessoas com deficiência (PCD), conforme consta na página 1 do documento.

A professora também destaca a cláusula 7.5.1 do edital (página 9), que estabelece: “Os/As candidatos/as com deficiência e negros/as enquadrados no item 7.2, desde que tenham sido aprovados/as, ocuparão a vaga imediata em sua Área de Conhecimento, ainda que esta seja a única e as suas classificações não lhes garantam a primeira posição”.

Além disso, Irma Ferreira relembra que “a Lei de Cotas determina o mínimo de aplicação das vagas, mas as universidades federais têm autonomia para, por meio de políticas específicas de ações afirmativas, instituir reservas de vagas suplementares”, conforme informação divulgada pelo portal do Ministério da Educação (MEC).

A manifestação da professora ocorre em meio à repercussão do caso, onde a UFBA já se posicionou publicamente em defesa da legalidade da aplicação das cotas no concurso e anunciou que irá recorrer da decisão judicial que cancelou a contratação de Irma Ferreira.  Além disso, como apoio, a Universidade Federal o Recôncavo da Bahia (UFRB) também manifestou solidariedade pelo caso em favor da UFBA. 

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