18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Lewandowski pune PRFs condenados por receber propina durante 10 anos

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O escândalo recente envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas Gerais é um triste lembrete do poder corrosivo da corrupção. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, decidiu agir, demitindo e cassando a aposentadoria de dois agentes condenados por receber propina durante uma década. Sílvio César Vasconcelos Brígido e José Roque da Silva Filho foram presos em 2017, após uma investigação meticulosa da Operação Domiciano, que contou com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

O modo de operação dos agentes era alarmante: cobravam subornos de motoristas de ônibus, caminhões e carros, liberando os veículos sem a devida fiscalização. As denúncias surgiram a partir de informações sobre as práticas corruptas de 15 agentes, e as investigações revelaram um esquema complexo e bem estruturado.

Durante o processo, as filmagens capturaram os agentes recebendo propinas, incluindo um momento chocante em que Brígido, filmado em um ônibus, recebia dinheiro de um motorista. Além disso, os envolvidos também lucravam com empresário indicados para serviços de seguros e guinchos, comprometendo ainda mais sua ética profissional.

O Ministério Público Federal destacou que, em apenas seis meses de investigação, cerca de 25% do efetivo da unidade foi envolvido em comportamentos irregulares. Os crimes denunciados eram graves, incluindo corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e inserção de dados falsos no sistema de informações.

A condenação de Brígido em 2019 a 18 anos de prisão e a pena de 5 anos e 4 meses imposta a Silva Filho ressaltam a gravidade desses atos. Recentemente, Lewandowski tomou medidas adicionais contra Gisdelson Mário de Oliveira, outro agente, que também foi flagrado em gravações discutindo o recebimento de propina.

A filmagem expôs diálogos incriminatórios entre Oliveira e seu parceiro, Alexandre Mesquita Ciuffa, enquanto discutiam a repartição do suborno. A situação se agrava ao ver que os agentes eram tão descarados a ponto de sugerir dividir notas de valor, evidenciando o desprezo absoluto pelas leis que deveriam respeitar.

A demissão de Oliveira e a cassação da aposentadoria de Brígido e Silva Filho efetivamente encerraram o vínculo deles com a União, um passo importante para tentar restaurar a integridade das instituições.

Esses eventos servem como um alerta sobre os desafios enfrentados pelas instituições brasileiras e a necessidade de vigilância constante e responsabilização. Você acredita que essas medidas são suficientes para combater a corrupção na PRF? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!

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