Na última terça-feira, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), traçou um novo rumo para a oposição ao anunciar que o foco agora está na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o fim do foro privilegiado. Durante um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ele confirmou um acordo para avançar nessa proposta, que promete mudar o cenário político atual.
“O compromisso que firmamos é pautar o fim do foro esta semana. Após essa aprovação nas duas Casas, poderemos então discutir a anistia”, afirmou Cavalcante, destacando que essa mudança pode aliviar a pressão sobre os parlamentares.
Entretanto, a discussão sobre a anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro foi adiada. Cavalcante deixou claro que o objetivo era “zerar” as pendências do passado, mas a anistia não será pautada neste momento: “A política resolve tudo, mas não podemos correr contra o tempo”, disse.
Por outro lado, Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, não hesitou em criticar a proposta. Para ele, pautar o fim do foro seria uma “imoralidade”, afirmando que é inaceitável que deputados tenham o poder de dificultar investigações apenas por serem parlamentares. “Deputados têm importância, mas não são deuses. Eles são cidadãos como os outros”, argumentou.
Recentemente, congressistas obstruíram as Mesas Diretoras pedindo um “pacote da paz”, que inclui o fim do foro, o projeto de anistia e a proposta de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Na mesma semana, a Mesa Diretora da Casa Baixa já havia encaminhado representações de afastamento contra 14 deputados, um movimento que reflete a tensão política crescente.
Como você vê essas movimentações no cenário político? Compartilhe sua opinião nos comentários!