O nome de Iván Mordisco ecoa nas selvas da Amazônia colombiana, onde o líder guerrilheiro mais procurado do país, à frente do grupo dissidente EMC, desafia as autoridades a cada dia. Após a prisão de seu irmão, Mono Luis, nos arredores de Bogotá, a sua posição se torna ainda mais tensa. Comandando um grupo que se dissociou do histórico acordo de paz firmado em 2016 com as Farc, Mordisco se vê agora encurralado, mas está longe de se render.
Em uma declaração contundente, ele responsabilizou diretamente o presidente Gustavo Petro pelo futuro de sua família e relembrou que já enfrentou perdas profundas durante o governo de Álvaro Uribe. “Não me rendi quando desapareceram minha irmã e não o farei agora”, ressaltou, reforçando seu comprometimento com a luta que defende. A perseguição implacável às suas atividades ilíticas e criminosas o forçou a se refugiar nas densas florestas, onde, segundo autoridades, encontra-se ferido e em fuga.
O presunto ataque com carro-bomba em Cali, que resultou na morte de seis civis e feriu mais de 60, marca um novo ápice da violência, sendo uma das face mais brutais do EMC. Desde a interrupção das negociações com o governo em 2024 após um breve período de aproximação, os dissidentes parecem cada vez mais determinados a intensificar os confrontos com a força pública.
Mordisco não se contém em suas ameaças. Em comunicado nas redes sociais, enfatizou que não tem fé na Justiça colombiana, apostando sua esperança em uma “justiça revolucionária”. Essa declaração representa não apenas um apelo à sua base de apoio, mas também um desafio ao governo, refletindo a turbulenta dinâmica entre o Estado e os grupos armados na Colômbia.
Com a situação se deteriorando e a pressão sobre o EMC aumentando, a pergunta que permanece é: até onde irá essa batalha? O que você pensa sobre a situação atual da Colômbia e o caminho tomado por Iván Mordisco? Compartilhe sua opinião!
