12 agosto, 2025
terça-feira, 12 agosto, 2025

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Raquel Conceição Pereira, mãe  Rejane Pereira Rodrigues, líder quilombola e  Gildete Araújo de Melo, Yaô, no Quilombo Quingoma.

Na virada do século, uma transformação significativa começou a se desenhar para os terreiros de candomblé, que, outrora, recebiam apenas apoio material para melhorias nas estruturas físicas. Hoje, esse cenário evoluiu. A busca por internet, computadores e tecnologia se torna cada vez mais evidente. Esses espaços culturais, que representam a resistência e a herança afro-baiana, agora desejam se conectar ao mundo digital, superando a exclusão que, por muito tempo, foi um reflexo do passado colonial.

O projeto que visa essa mudança é o Programa Cultura Conectada, fruto da colaboração entre os ministérios das Comunicações e da Cultura. Este programa não só abrange a oferta de mais de 200 computadores para comunidades quilombolas e remanescentes de grupos afrodescendentes, mas também simboliza uma luta contra o isolamento cibernético — uma nova forma de cativeiro que ignora as tradições e saberes desses grupos.

À medida que as infovias se estabelecem nos galpões de santo, um diálogo multicultural floresce. Essa conexão não apenas permite um acesso à informação, mas também proporciona um espaço fértil para reimaginar os conceitos de “tempo”, “espaço” e as novas percepções sobre vida e morte. É uma reinterpretação da sacralidade, que agora envolve a tecnologia, sem perder as raízes espirituais e culturais.

Dentre as primeiras casas a abraçar essa iniciativa está o Ilê Axé Odô Omin, localizada no Quilombo Quingoma, e o Ilê Axé Ogum Sidé, ambos em consonância com a visionária influente, Margareth Menezes. O programa se apresenta como um símbolo de cidadania e inclusão, promovendo um entendimento mais amplo das ações que emolduram a ancestralidade e a modernidade.

Essa é a hora de celebrar a cultura afro-baiana! O que você pensa sobre essa iniciativa? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias com a gente!

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