
Em um momento de profundo desabafo, Luciano Huck emocionou o público no “Domingão com Huck” ao abordar uma tragédia que marca o cotidiano do Rio de Janeiro. Ao encerrar o programa no domingo (2), ele pediu um “minuto de atenção” para refletir sobre a recente operação policial que resultou em 120 mortes entre os complexos do Alemão e da Penha. O apresentador expressou sua indignação e preocupação com a violência que atinge a cidade, ressaltando a urgência de novas abordagens para a segurança pública.
Huck mencionou sua conexão emocional com o Rio, onde vive há 25 anos e criou seus filhos. “É uma tristeza ver o mesmo modelo de segurança pública se repetindo há décadas, sem resultados. Infelizmente, por trás desse número alarmante estão 120 mães que perderam seus filhos,” frisou, enfatizando o impacto humano por trás das estatísticas. Sua mensagem ressoou com a necessidade de um novo paradigma no combate ao narcotráfico e às milícias, uma mudança que deve ir além da mera repressão.
O apresentador destacou a importância de ações coordenadas entre os diferentes níveis de governo: “É essencial sufocar o financiamento das organizações criminosas e valorizar a polícia, ao mesmo tempo em que se cria oportunidades e perspectivas para jovens em comunidades vulneráveis. Precisamos abrir caminhos para um futuro melhor,” defendeu Huck.
Ele alertou para as consequências quando o Estado se afasta das comunidades: “Quando o Estado se ausenta, outra força ocupa aquele espaço. Devemos restaurar um senso de pertencimento social, onde as crianças possam vislumbrar um futuro além da criminalidade.” Huck lembrou que a maioria dos cariocas também vive sob o peso da violência, sendo refém de situações que não escolheram: “A população carioca não compactua com o crime organizado. Eles são as verdadeiras vítimas.”
Em um toque esperançoso, Huck compartilhou uma conversa que teve com seus filhos, ao serem confrontados com a complexidade da situação: “Eles disseram que é impossível resolver isso. Mas eu mostrei a eles que sim, é possível. Em várias partes do mundo, mudanças efetivas já ocorreram.” Ao finalizar seu discurso, Huck homenageou os policiais que perderam a vida na operação e reafirmou seu apoio às forças de segurança: “Acredito na polícia por meio de seus exemplos mais positivos, não pelas exceções. Esses policiais foram trabalhar e não voltaram; isso é devastador.”
Essas palavras ecoam muito além da tela; representam um clamor por mudança e pela urgência de novas estratégias que respeitem e dignifiquem vidas. Que tal compartilhar sua opinião sobre este tema? Comente abaixo e faça sua voz ser ouvida!