Em um momento histórico para a agricultura brasileira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, revelou um recorde impressionante: R$ 516,2 bilhões para o Plano Safra 2025/2026. Esse investimento, que supera em R$ 8 bilhões o valor da safra anterior, é um marco que destaca o compromisso do governo com os produtores rurais do país.
Com foco em médios e grandes agricultores, o plano é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, abrangendo operações de custeio, comercialização e investimento. As condições de acesso aos recursos são personalizadas, atendendo ao perfil de cada beneficiário.
O slogan “Força para o Brasil crescer” ressalta a essência deste plano, que visa não apenas aumentar os recursos, mas também melhorar a eficiência e a competitividade do setor agrícola. O governo foca na expansão do crédito, no incentivo à produção sustentável e no fortalecimento das políticas agrícolas.
Uma das novidades é a renegociação de dívidas para produtores que enfrentaram dificuldades em safras passadas, oferecendo uma oportunidade de reorganização e recuperação do fluxo produtivo. Além disso, o Funcafé foi ampliado, permitindo que beneficiários da agricultura familiar acessem fundos mesmo com contratos ativos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não hesitou em defender o plano, rebatendo críticas e afirmando que a economia está em crescimento. Ele enfatizou a necessidade de uma visão coletiva em torno do Brasil, afastando a desinformação sobre o aumento no financiamento do Plano Safra. “É 42% maior do que o de 2022”, destacou.
O presidente Lula, por sua vez, destacou o trabalho árduo das equipes ministeriais para alcançar esse novo recorde. Ele enfatizou que o objetivo é transformar os recursos em benefícios concretos para a sociedade, fortalecendo a posição do Brasil como celeiro do mundo.
Outra questão levantada foi a importância das mudanças climáticas. Lula mencionou eventos recentes, como a suspensão de partidas de futebol devido ao calor extremo, como um alerta da necessidade de adaptação às transformações climáticas que o mundo enfrenta.
Ele também defendeu uma reforma tributária que reduza impostos para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil e que aumente a cobrança sobre os mais ricos. “Precisamos diminuir os privilégios de alguns para proporcionar direitos aos outros”, afirmou, assegurando que essa é a direção para um Brasil mais desenvolvido e justo.
No âmbito técnico, o novo plano traz exigências para o crédito rural, garantindo que as práticas respeitem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), contribuindo assim para uma produção mais segura e sustentável. Produtores que adotarem práticas sustentáveis também terão benefícios, incluindo juros reduzidos.
O governo prorrogou o desconto de 0,5% nas operações de crédito rural de custeio, que agora se estende até junho de 2026, incentivando investimentos em práticas sustentáveis por parte dos agricultores.
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