Kuala Lumpur – Durante sua visita à Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou detalhes sobre seu recente encontro com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma conversa franca, Lula afirmou que Jair Bolsonaro, seu predecessor, é “coisa do passado”, destacando que agora as atenções estão voltadas para o futuro do Brasil.
Ao se referir ao controverso julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal e os planos de ataque que miraram não só nele, mas também no vice-presidente e no ministro Alexandre de Moraes, Lula disse: “Trump sabe que ‘rei morto, rei posto’. Quando eu o informei sobre a gravidade da situação, percebi que ele entendia a seriedade das implicações.”
Em tom descontraído, Lula brincou com Trump ao afirmar que, em três reuniões, ele entenderia que Bolsonaro “não é nada, praticamente”. Essa camaradagem sugere um momento de leveza em um encontro que, por outros lados, gera discussões intensas sobre política e tarifas comerciais.
Após a reunião, a Casa Branca anunciou um “tarifaço” em resposta ao que caracterizou como uma perseguição política a Bolsonaro, que atualmente enfrenta uma condenação de 27 anos por golpes contra o Estado. No entanto, Lula aproveitou a oportunidade para solicitar diretamente a Trump a suspensão dessas tarifas enquanto as negociações estão em andamento, indicando sua disposição em mediar tensões não apenas entre os dois países, mas também entre os EUA e a Venezuela.
O encontro ocorreu na capital malaia, onde a 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) está sendo realizada, com Brasil e Estados Unidos como convidados especiais. A coletiva de imprensa que se seguiu ao encontro de Lula com Trump contou com a presença de vários dignitários, sublinhando a importância dessas discussões.
Lula também se preparou para participar da 20ª Cúpula da Ásia do Leste, destacando ainda mais o papel ativo do Brasil nas relações internacionais sob sua administração. Agora, fica a expectativa sobre como esses diálogos poderão moldar o futuro econômico e diplomático do Brasil, especialmente na relação com os EUA.
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