O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, que não abandonou a proposta de criação de uma moeda para os países do Brics. Durante sua declaração, que ocorreu nesta terça (12), Lula enfatizou a importância de testar essa ideia antes de julgar seu valor. “É preciso testá-la. Se testar e fracassar, eu estava errado. Mas eu acho que é preciso alguém me convencer que eu estou errado”, destacou.
“É preciso testá-la. Se testar e fracassar, eu estava errado. Mas eu acho que é preciso alguém me convencer que eu estou errado”
A proposta vem à tona em um cenário onde o Brics, bloco que abriga 11 nações, representa não apenas uma plataforma de desenvolvimento, mas também uma oportunidade para discutir e unificar os interesses dos países do Sul global. Lula mencionou que o bloco representa metade da população mundial e um terço do PIB global. “A participação do Brasil nos Brics pode gerar um pouco de ciúmes nos Estados Unidos”, acrescentou.
Ele defendeu a união dos países do Brics como essencial para um diálogo equilibrado, pontuando a necessidade de negociar em moedas que não dependam do dólar. “Nós não podemos ficar dependendo do dólar, que é uma moeda de um único país, que foi assumida como moeda do mundo”, declarou, explorando a possibilidade de um comércio mais justo entre as nações do bloco.
“O dólar é uma moeda importante, mas nós podemos discutir nos Brics, a necessidade de uma moeda de comércio entre nós”
O presidente também frisou seu compromisso com o multilateralismo nas relações internacionais, que oferece um equilíbrio nas negociações comerciais. “O multilateralismo é o que permitiu que a gente tivesse um certo equilíbrio nas negociações comerciais entre os Estados”, disse.
Em um olhar para o futuro, Lula mencionou que abrirá a Assembleia Geral da ONU no dia 23 de setembro e planeja defender a soberania do Brasil e questões ambientais durante seu discurso. Ele criticou ações passadas, como a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a não adoção do Protocolo de Quioto, e destacou a importância de um convite que enviou ao presidente Trump para a COP, do qual ainda não recebeu resposta.
O desenvolvimento das ideias propostas por Lula poderá influenciar significativamente o papel do Brasil no cenário internacional, especialmente em um momento em que questões econômicas e ambientais ganham destaque. E você, o que pensa sobre a proposta de uma nova moeda para o Brics? Deixe sua opinião nos comentários!