Nova York e Brasília – Em meio a um cenário complexo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua abertura para um novo encontro com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa, após a participação de Lula na Assembleia Geral da ONU. Visivelmente otimista, o petista deixou claro que está disposto a discutir a possibilidade de um encontro presencial.
“Pode ser presencial, podemos ainda discutir”, afirmou Lula, respondendo a perguntas sobre mais um contato direto com o líder americano. A intenção é clara: criar oportunidades para o diálogo.
“Tudo pode ser resolvido quando duas pessoas conversam, acredito no poder de convencimento das palavras. Quero que ele saiba do Brasil e quero saber quais as informações que ele teve sobre o Brasil”, disse o presidente.
Lula reiterou a importância do entendimento mútuo, especialmente em tempos de incertezas econômicas. Reconhecendo as preocupações de Trump sobre a economia, o brasileiro ressaltou que uma conversa pode abrir portas. Ele também compartilhou que estendeu a mão ao republicano, enfatizando que Brasil e Estados Unidos têm “muito para conversar”.
Do lado de Trump, o tom parecia ser de cordialidade. Durante seu discurso na Assembleia Geral, o ex-presidente mencionou o breve encontro com Lula, mencionando que “os dois se abraçaram” e que haveria uma nova reunião “na semana que vem”, destacando uma “química excelente” entre eles.
Entretanto, apesar da expectativa, nem Brasília nem Washington confirmaram uma data específica para esse novo encontro.
Essa busca por aproximação acontece em um contexto marcado por tensões comerciais. Recentemente, Trump aumentou em 40% as tarifas sobre produtos brasileiros, elevando a taxação total para 50%. Essa decisão foi tomada como uma resposta a questões de direitos humanos no Brasil e aos problemas legais enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em sua fala em Nova York, Lula sublinhou que a agenda entre Brasil e Estados Unidos deve abarcar interesses industriais e tecnológicos, além de incluir um diálogo positivo para uma nova fase nas relações bilaterais.
E você, o que pensa sobre essa aproximação entre os dois países? Compartilhe sua opinião nos comentários!