Em um momento em que o mundo enfrenta desafios sem precedentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propõe uma reflexão crucial: a necessidade de revitalizar o multilateralismo. Após a imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos, Lula se dirige a leitores globais através de um artigo contundente, publicado em importantes veículos internacionais, como Le Monde, El País e The Guardian.
Intitulado “Não há alternativa ao multilateralismo”, seu texto argumenta que o sistema internacional, instaurado após a Segunda Guerra Mundial, não aborda as complexidades atuais. Segundo Lula, as organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), estão “esvaziadas” e sob a ameaça da “lei do mais forte”. Isso resulta em uma economia global fragilizada, onde as tarifas desestruturam cadeias de valor e alimentam ciclos de estagnação.
O artigo destaca que a crise do multilateralismo não deve ser tratada com resignação, mas como uma oportunidade de renovação. Lula ressalta: “A solução é refundá-lo sobre bases mais justas e inclusivas”. Ele denuncia a disparidade crescente entre os mais ricos e os mais pobres, comparando os US$ 33,9 trilhões acumulados pelo 1% mais rico com os recursos necessários para erradicar a pobreza global.
Os ecoados impactos das decisões internacionais são sentidos por milhões, principalmente em países em desenvolvimento. Lula destaca que, enquanto os ricos têm sido os maiores emissores de carbono, os países mais pobres são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Eventos extremos aumentam a urgência de ações efetivas que até agora têm sido ofuscadas por promessas vazias.
A ideia de “desglobalização” sugere uma ilusão: não é possível isolar países em meio a um mundo repleto de interconexões. A história nos ensinou que o verdadeiro progresso vem da colaboração. O desafio, portanto, é rejeitar as soluções unilaterais e trabalhar em conjunto, aproveitando a experiência do Brasil em fóruns como o G20 e o BRICS.
Neste contexto, Lula apela para a urgência da diplomacia, enfatizando que a verdadeira mudança requer a união de esforços coletivos em prol de um futuro compartilhado. Ao refletir sobre a crise da ordem mundial, ele convoca líderes e cidadãos a se unirem para transformar o multilateralismo, garantindo que as vozes de todos sejam ouvidas.
É um chamado à ação. Como você vê o papel do Brasil nessa luta por um multilateralismo renovado? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!