A atenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva se volta para os Estados Unidos nesta semana crucial. O presidente brasileiro chegou ao país no domingo, 21, para participar da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde seu discurso abordará temas de importância global e diplomática. Esse cenário se desenrola em meio a uma tensão crescente, especialmente tendo em vista as movimentações na Casa Branca.
Recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, antecipa novas medidas econômicas contra o Brasil, motivadas pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Rubio, que alguns anos atrás atuou na administração Trump, expressou suas preocupações com o processo judicial envolvendo Bolsonaro, especialmente as críticas voltadas ao ministro Alexandre de Moraes do STF. “Haverá uma resposta dos EUA a isso. Esperamos anunciar medidas adicionais em breve”, declarou em uma entrevista, reforçando que o julgamento é um sintoma de uma “campanha de opressão judicial” em andamento.
A presença de Lula e Trump em Nova York, somada à de Rubio e do chanceler Mauro Vieira, sugere uma estratégia diplomática para suavizar as tensões. A expectativa é que os discursos de ambos os líderes, tradicionalmente ordenados na Assembleia da ONU, possam criar um clima mais ameno e evitar sancionamentos adicionais ao Brasil ou a membros de seu governo.
Até o momento, tanto a Casa Branca quanto o Planalto não confirmaram reuniões bilaterais. Trump, em uma coletiva, comentou que terá “vários encontros” com líderes globais, mas evitou revelar detalhes específicos, deixando incertezas sobre sua agenda.
Durante sua estadia em Nova York, que se estenderá até quinta-feira, 25, Lula seguirá uma agenda focada em política externa. Confira os compromissos: na segunda-feira, ele participa da conferência da ONU sobre a Palestina; na terça, discursará na abertura da Assembleia Geral e se reunirá com António Guterres; na quarta, encontrará o presidente do Chile e o primeiro-ministro da Espanha, além de presidir um evento sobre clima; e na quinta, retornará ao Brasil.
Essa semana é um marco significativo que poderá impactar não apenas as relações Brasil-EUA, mas também moldar a trajetória diplomática do Brasil no cenário internacional. Como você vê esses desenrolares? Deixe sua opinião nos comentários!