
Na madrugada desta sexta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou seu desejo de se reunir com Donald Trump. O foco da conversa? Discutir as sanções aplicadas pelos Estados Unidos a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Esta declaração foi feita durante uma coletiva após sua visita à Indonésia, antes de seguir para a Malásia, onde ambos os líderes estarão presentes na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Lula expressou sua intenção de esclarecer as razões por trás das punições, que são consideradas, segundo ele, sem fundamento. “Tenho todo o interesse em defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívoco nas imposições ao nosso país”, destacou. Ele afirmou que está pronto para apresentar dados que sustentem sua posição.
As sanções atingiram sete ministros do STF, envoltos em controvérsias devido à atuação da corte em relação a eventos golpistas que marcaram o governo anterior de Jair Bolsonaro. Diante disso, Lula busca abrir um diálogo que vá além das tensões atuais, ressaltando que não existem vetos nas conversas entre duas nações de grande porte.
Na Malásia, esse encontro representará a primeira oportunidade formal de dialogar desde um breve contato na Assembleia-Geral da ONU, onde Trump elogiou Lula, referindo-se a ele como um “homem muito agradável” e mencionou uma “química excelente” entre eles. As discussões telefônicas subsequentes abordaram, inclusive, a alta taxação imposta a produtos brasileiros, algo que Lula espera ver revisto.
Durante sua parada na Indonésia, Lula também se reuniu com empresários locais e com o presidente indonésio, Prabowo Subianto, firmando acordos bilaterais. Em meio a esses compromissos, o presidente enfatizou a importância de buscar parcerias e expandir as relações comerciais do Brasil com outras nações. “Não podemos esperar que venham até nós. Devemos ir até eles, mostrando o que temos de melhor”, afirmou.
Agora, com a aproximação do encontro com Trump, um espaço inédito se abre para Lula apresentar suas propostas e explorar novas possibilidades para o Brasil no cenário internacional. O que você acha que deve ser a prioridade nessa conversa? Compartilhe sua opinião nos comentários!