Em um momento histórico para as relações Brasil-Indonésia, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Prabowo Subianto se encontraram no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (9). O diálogo, que seguiu a participação de Subianto na Cúpula do Brics, enfatizou a importância de fortalecer a parceria estratégica entre os dois países, abrindo novas avenidas para o comércio bilateral que, em 2024, poderá alcançar impressionantes US$ 6,34 bilhões.
A Indonésia, já a quinta principal fonte de produtos do agronegócio brasileiro, recebeu destaque nas conversas, com o Brasil manifestando interesse em facilitar a exportação de carne bovina e expandir a colaboração em setores estratégicos como defesa, aviação civil e minerais. Durante o encontro, Lula, que preside o Mercosul neste semestre, expressou a intenção de avançar em um acordo com a Indonésia, um país de 280 milhões de habitantes, e indicou que avalia participar da próxima cúpula da ASEAN em outubro, na Malásia.
Subianto, por sua vez, convidou Lula para uma visita de Estado à Indonésia no mesmo período. O presidente indonésio também anunciou a vinda de especialistas ao Brasil para explorar experiências em biocombustíveis, agricultura e defesa. No entanto, apesar da trágica morte da brasileira Juliana Marins durante uma trilha no Monte Rinjani, o assunto ficou de fora das declarações em público. A família de Juliana questiona a lenta resposta das autoridades no resgate e pretende levar o caso a órgãos internacionais.
No que diz respeito à política externa, os dois líderes reafirmaram a importância do diálogo para resolver conflitos globais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e a situação em Israel e Palestina. Lula critou as ações de Israel na Faixa de Gaza e reiterou seu apoio ao reconhecimento pleno do Estado Palestino na ONU, enquanto os dois países colaboram em iniciativas para combater a fome, a mudança climática e proteger florestas.
Brasil e Indonésia também fazem parte do grupo Unidos por Nossas Florestas e do comitê diretor do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, impulsionando a ideia de que a preservação ambiental traz benefícios financeiros. Lula destacou que a parceria pode contribuir para a criação de um mercado global de biocombustíveis e a definição de padrões de sustentabilidade para a produção energética.
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